19/08/2019 às 21:07, atualizado em 19/08/2019 às 21:11

Gestão Compartilhada começa em mais cinco escolas nesta terça-feira

Primeiro passo são tratativas entre as direções escolares e a Secretaria da Segurança

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília

Solenidade de lançamento das Escolas Compartilhadas do Distrito Federal e Operação Volta às Aulas em fevereiro, no Centro Educacional 01 (Estrutural) | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

A implementação da Gestão Compartilhada de mais cinco escolas do Distrito Federal começa nesta terça-feira (20). A primeira etapa para parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança envolve alinhamentos entre as duas pastas. É nessa fase que são passados detalhes, formas, ações e procedimentos a serem adotados pelos integrantes do novo modelo. Só mais para frente a mudança aparecerá nos pátios e salas de aulas dos colégios do DF.

Encontram-se, a partir de agora, as equipes do Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga (CEF 19), do CEF 407 de Samambaia, do CEF 1 do Núcleo Bandeirante e do Centro Educacional 1 do Itapoã (CED 1). “A partir de amanhã começamos as tratativas com os diretores para viabilizar o modelo. É etapa de reconhecimento. Há todo um processo de adaptação”, explica o secretário de Segurança, Anderson Torres.

A mudança é feita em etapas. Depois dos alinhamentos internos que envolvem as alterações administrativas da gestão, agora compartilhada, as novas formas de funcionamento são repassadas aos professores e servidores – como maior rigidez no horário e formação de entrada. Por fim, começa a adaptação junto aos alunos e tem início, de fato, o novo modelo. No CED Condomínio Estância III de Planaltina as conversas entre as partes estão em andamento.

[Olho texto=”Houve pacificação nessas regiões que eram violentas” assinatura=”Ibaneis Rocha, sobre o efeito da Gestão Compartilhada” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O modelo de Gestão Compartilhada busca uma educação de excelência para os estudantes da rede distrital, o enfrentamento à violência no ambiente escolar, a promoção da cultura de paz e o pleno exercício da cidadania. A parte pedagógica continua a cargo dos professores, dos diretores e dos orientadores.

A segurança, incluindo a entrada e a saída dos estudantes, fica com a Polícia Militar, que também trabalha no dia-a-dia dos estudantes com conceitos de ética e de cidadania, além de promoverem atividades esportivas e musicais nos chamados contraturnos.

Mais segurança

Nesta segunda-feira (19), o governador Ibaneis Rocha explicou que estudos do Ministério da Saúde anexados ao projeto apontam altos índices de criminalidade e de usuários de drogas nas regiões dos colégios com determinação de compartilhamento de gestão.

O chefe do Executivo ressaltou que as escolas que iniciaram a gestão dividida no início do ano não registraram novos casos de violência. “Pelo contrário, houve pacificação nessas regiões que eram violentas”, observou. Para ele, consultas locais são necessárias para explicar e desmistificar o projeto e para que pais, professores e toda a comunidade escolar possam conhecer e se familiarizar.

O chefe do Executivo ressaltou que professores, diretores e servidores que não quiserem participar do modelo podem pedir transferência para outras escolas. “Não vamos forçá-los a trabalhar em modelo nenhum”, esclareceu. Até 2022, 40 escolas terão compartilhamento de gestão.

Quatro escolas iniciaram o ano letivo com o novo modelo de gestão: Centro Educacional (CED) 3 de Sobradinho, CED 1 da Estrutural, CED 7 de Ceilândia e CED 308 do Recanto das Emas. O critério de escolha tem como parâmetro o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), assim como ocorrências criminais nas regiões das instituições de ensino.