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30/08/2019 às 16:52
Cerca de 150 hectares da produção são dedicados às mudas nacionais, em cultivo de campo aberto; outros 30 são importadas, com plantação protegida
Com uma área de produção de morango estimada em 180 hectares, Brazlândia tem gerado emprego, renda e animado os produtores que apostam na hortaliça. Apesar das chuvas atípicas deste ano, que prejudicaram produtores no período da plantação, a estimativa é a de que a safra chegue a 6 mil toneladas e a produção movimente R$ 35 milhões.
Hoje, pelo menos 150 hectares da produção estão sendo dedicados às mudas nacionais, em cultivo de campo aberto, sem a necessidade de proteção, já que essa safra é toda colhida ainda durante o período da seca.
Os outros 30 hectares são de mudas importadas, com cultivo protegido da hortaliça. Nesse tipo de plantação, que exige mais investimento, é possível ter colheitas o ano inteiro, já que o morango fica protegido das chuvas.
Na região, existem aproximadamente 200 produtores que investem no plantio. Ao todo, o cultivo do morango gera 1,8 mil empregos diretos. Em 2018, foram 168 hectares plantados em um total de 5,6 mil toneladas de morango em toda a safra.
O extensionista Hélio Roberto Lopes, gerente do escritório da Emater-DF em Alexandre de Gusmão, morangos têm bom desenvolvimento em locais de clima subtropical e temperado, o que torna ideal o cultivo em campo aberto no período da seca em Brasília.
“O morango é frágil à exposição de ventos. Suas flores não suportam geada, granizo e chuvas fortes. No início do cultivo, aqui na capital, geralmente as temperaturas estão amenas”, conta ele.
“Quando chega o pico da safra, que é quando a temperatura aumenta, tem alta concentração da hortaliça, com muito morango na praça. Isso porque o calor faz a planta metabolizar muito rápido”, afirma.
Morango Portola
Devido a sua alta resistência, a variedade de morangos Portola é uma boa dica para pequenos produtores: adaptável, tem excelente floração em qualquer período de plantio quando dadas boas condições de solo e manutenção.
Não foi à toa que Joaquim Máximo da Silva, 37, produtor de Brazlândia, escolheu a espécie para cultivar. Com cerca de 150 canteiros em aproximadamente cinco hectares de produção, ele cultiva o Portola do Chile e também a muda nacional.
As mudas são compradas em Minas Gerais. Segundo ele, seu morango é vendido para fornecedores do DF, de Palmas (TO) e de Mato Grosso. Orgulhoso, Máximo mostra o tamanho da hortaliça e afirma que não pretende cultivar outra coisa, apenas expandir sua produção.
[Olho texto=”A demanda é tanta que ninguém tá dando conta de atender a clientela” assinatura=”Joaquim Máximo da Silva, 37, produtor de Brazlândia” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
No entanto, de acordo com ele, uma das causas foi a chuva do início do ano e a plantação antecipada. “Para muita gente – quem plantou mais cedo – as chuvas atrapalharam. Mas, para mim, está tranquilo”, festeja.
O gerente do escritório da Emater-DF em Alexandre Gusmão afirma que muita gente busca mudas de morango fora de Brasília, geralmente do sul de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. As mudas importadas vêm do Chile, Argentina e Espanha.
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Na região, as culturas nacionais mais plantadas são Camarosa, Oso Grande e Festival. Já as cultivares importadas são a Portola e a San Andreas.
* Com informação da Emater-DF