17/09/2019 às 15:10, atualizado em 17/09/2019 às 15:26

Governo estuda ampliar práticas da segurança do paciente para a atenção primária

Secretaria de Saúde apoia campanha mundial promovida pela OMS. As práticas de segurança foram implantadas nos 14 hospitais públicos locais

Por Agência Brasília *

Processo será iniciado em todos os níveis de atenção à saúde, com a implementação do Plano Distrital de Segurança do Paciente. Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde

É celebrado nesta terça-feira (17) o Dia Mundial da Segurança do Paciente da Saúde, promovido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Devido à importância da iniciativa que visa evitar eventos adversos, a Secretaria de Saúde se une à ação e estuda expandir as práticas da segurança para além dos hospitais públicos do Distrito Federal.

“A política pública fala da instalação de Núcleos de Qualidade e Segurança do Paciente em todas as unidades hospitalares. Mas não existe nada em termos de Atenção Primária, nós vamos começar a implantação disso agora”, informou a presidente da Câmara Técnica de Segurança do Paciente da Secretaria de Saúde, Cláudia Mafra.

As práticas de segurança foram implantadas nos 14 hospitais públicos locais. Entre elas, as de identificar o paciente, evitar quedas, comunicar situações adversas e higienizar as mãos. Com a expansão para Atenção Primária, o objetivo é garantir a segurança do paciente dentro das demais unidades de saúde.

Plano Distrital
Segundo Mafra, esse processo será iniciado em todos os níveis de atenção à saúde, com a implementação do Plano Distrital de Segurança do Paciente, que é uma ação estratégica definida para nortear os Planos de Segurança do Paciente. Desta forma, é possível normatizar outras ações que contribuam para a qualificação dos processos de cuidado no conjunto das unidades de saúde da pasta.

“Já estamos fazendo o Plano Distrital para ir à consulta pública. Ele está escrito, mas precisamos, agora, fazer a tomada de ação em alguns setores”, afirmou a especialista. “A implantação do Plano Distrital de Segurança do Paciente, a médio e longo prazos, deverá reduzir a ocorrência de eventos adversos com foco na melhoria contínua dos processos de cuidado”, ressaltou.

Para ela, o empenho pelo cuidado seguro é um desafio constante: “Oferecer assistência livre de danos é um compromisso que deve ser tomado por profissionais de saúde, servidores, gestores e pacientes. A responsabilidade é necessária para garantir melhorias significativas na segurança dos cuidados nesta área”.

Dados
Conforme os dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 134 milhões de eventos adversos ocorrem a cada ano em todo o mundo, devido a cuidados inseguros em hospitais de países de baixa e média renda, contribuindo para 2,6 milhões de mortes anualmente.

De acordo com o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, produzido em 2018 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aproximadamente 30% a 36% das mortes determinados por eventos adversos graves podem ser prevenidos.

Assembleia
Durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, promovida este ano pela OMS, a data de 17 de setembro foi definida para celebrar o Dia Mundial da Segurança do Paciente da Saúde.

O objetivo é promover e conscientizar sobre um cuidado mais seguro, pois a segurança do paciente é a ausência de dano evitável durante o processo de assistência médica, e a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado à assistência médica.

*Com informações da Secretaria de Saúde