22/09/2019 às 14:18, atualizado em 22/09/2019 às 16:56

‘Setembro Amarelo’: saiba detectar, compreender e ajudar

Campanha de prevenção e posvenção ao suicídio ganha reforço de orientações da Secretaria de Saúde destinadas ao público em geral

Por Agência Brasília *

No âmbito das ações da campanha “Setembro Amarelo – Vamos dar as mãos?”, a Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal (SES/DF), em conjunto com a Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (Abeps), se manifesta publicamente a respeito da divulgação de casos de suicídio por meio de redes sociais e aplicativos. Algumas formas de abordar o tema tendem a aumentar o risco de efeito contágio. Para reduzir tal efeito, seguem algumas orientações:

  1. Não divulgue informações que não foram confirmadas por fontes oficiais;
  2. Não encaminhe fotos, vídeos, informações sobre métodos usados ou cartas de despedida. Sempre que possível, peça a quem enviou esse material para não mais fazê-lo;
  3. Pessoas em risco de suicídio no momento e pessoas próximas a quem faleceu podem ler seu texto e se sentir fortemente impactadas; seja cuidadoso(a), e esteja preparado(a) para diversos tipos de reações;
  4. Procure por uma fonte de informação técnica adequada e siga as orientações das cartilhas e manuais existentes sobre o comportamento suicida, para abordá-lo de forma apropriada. Há documentos específicos voltados aos profissionais da mídia e influenciadores digitais, por exemplo;
  5. Trate o assunto com seriedade e seja respeitoso(a) com os familiares e amigos. Evite frases do senso comum que reforcem o estigma e o preconceito a respeito do comportamento suicida;
  6. Não julgue o comportamento, não faça parecer heroico, nem a única saída para alguma situação;
  7. O suicídio é um fenômeno complexo e multifatorial, não tendo explicações simplistas ou causas únicas. Não atribua a morte a algo específico;
  8. Transtornos mentais são fatores de risco para o suicídio, devendo ser diagnosticados e tratados por profissionais especializados. Não são, porém, o único fator associado ao comportamento suicida;
  9. Se estiver passando por uma crise, ou conhecer alguém em risco, busque ajuda. Chame amigos ou familiares e procure profissionais de saúde mental;
  10. Alguns locais onde buscar ajuda: serviços de saúde mental da rede SES/DF, no sitewww.saude.df.gov.br/saude-mental ou o Núcleo de Saúde Mental do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu – 192). Também há o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo telefone 188 ou site www.cvv.org.br. Sempre divulgue os espaços onde pessoas em crise podem buscar ajuda;
  11. Os familiares e pessoas próximas podem precisar de cuidados específicos. Existem grupos de apoio aos enlutados por suicídio no DF. Como exemplos, há o Grupo de Apoio aos Sobreviventes de Suicídio (Gass), no site https://www.cvv.org.br/blog/tags/gass-cvv/, e o Apoio a Perdas Irreparáveis (API), disponível no https://redeapi.org.br/unidades/.
  12. Para mais informações, acesse www.saude.df.gov.br/saude-mental e www.abeps.org.br, ou envie e-mails para dissam.sesdf@gmail.com.

* Com informações da SES