11/10/2019 às 15:56, atualizado em 11/10/2019 às 15:57

Dia Mundial da Obesidade é celebrado com avanços

Unidades básicas de saúde do DF ampliaram o atendimento no setor, que agora admite também grupos de crianças

Por Agência Brasília *

O hábito de vida dos brasileiros tem mudado ao longo dos últimos anos e tornou-se mais saudável. Esse fator é um dos motivos para se comemorar o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, lembrado nesta sexta-feira (11). No Distrito Federal, o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), referência no segmento, este ano ampliou suas atividades, abrindo atendimento em grupo também para crianças.

“Nesta data, temos avanços a comemorar”, destaca a médica Alexandra Rubim Sette, gerente do Cedoh. “Criamos um olhar diferenciado e sabemos que a obesidade é uma doença crônica, de causas multifatoriais. Temos trabalhado para que os profissionais tenham esse olhar.”

Alerta ainda vale

De acordo com a mais recente pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, 570 mil pessoas são obesas no Distrito Federal. Isso equivale a 19% da população, se considerada a proporção em 3 milhões habitantes.

[Numeralha titulo_grande=”570 mil” texto=”Número estimado de pessoas obesas em todo o DF” esquerda_direita_centro=””]

Ainda segundo os dados apurados pela pesquisa, a prevalência de obesidade e excesso de peso registra índices de estagnação nas capitais do país, e brasileiros já demonstram hábitos mais saudáveis. O estudo apontou que a população está melhorando os hábitos de vida, inclusive passando a praticar mais atividades físicas. O alerta, no entanto, permanece: quase um em cada cinco brasileiros (18,9%) é obeso.

Closeup of obese elderly woman

Mesmo com a diminuição dos índices de obesidade, especialistas alertam: um em cada cinco brasileiros é obeso | Foto: Freepik / Divulgação

Atendimento no DF

“No DF, temos uma linha de cuidados para sobrepeso e obesidade e três regiões de saúde possuem serviços especializados”, explica Alexandra Sette. O atendimento no centro é destinado a pessoas com o índice de massa corporal (IMC) de 34 a 49.9, com comorbidades. O paciente ou responsável deve buscar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da residência para ser avaliado e encaminhado ao tratamento especializado, se necessário.

“Temos aproximadamente 50% de sucesso no tratamento e conseguimos reduzir de 5% a 10% do peso inicial”, aponta a médica. “Esses pacientes ainda vão sair obesos após o nosso acompanhamento, mas estarão metabolicamente saudáveis e orientados”. A especialista explica que a assistência é prestada na unidade por um período de dois anos. Após esse prazo, quando estão mais saudáveis, os pacientes são direcionados às UBS, indicados à cirurgia bariátrica ou ao acompanhamento de um endocrinologista da Atenção Secundária – dependendo de cada caso.

* Com informações da Secretaria de Saúde (SES)