20/01/2020 às 17:07, atualizado em 21/01/2020 às 10:06

Gestores assinam acordos de gestão regional e local

Documentos estabelecem indicadores e metas que serão acompanhadas nos próximos anos para melhorar serviços nas unidades

Por Agência Brasília *

Mais de 100 gestores de todos os níveis assistenciais da Secretaria de Saúde (SES) participaram, nesta segunda-feira (20), da assinatura dos acordos de Gestão Regional (AGR) e Local (AGL), realizada no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). O objetivo é estabelecer pactuações entre as unidades de saúde, com indicadores e metas que serão acompanhadas nos próximos anos.

“Os acordos foram assinados por gestores de cada região, superintendentes de saúde e representantes das Unidades de Referência Distrital (URD), com um conjunto de indicadores para que a Secretaria de Saúde possa melhorar a gestão, com todos os seus parceiros e agentes que atuam no DF”, afirmou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. 

Melhorar os processos de trabalho e o atendimento aos usuários da rede pública são os resultados previstos, na avaliação do subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Ricardo Tavares. “Com esses dados, vamos traçar nossas políticas de saúde pública, com um olhar diferenciado para cada unidade, baseado nas suas características”, ressaltou.

O processo de estabelecimento de metas na saúde é realizado desde 2017, com resultados já mensuráveis. Por exemplo: no ano passado, a Região de Saúde Leste reduziu de 21 para dez dias o tempo de permanência em leitos, como resultado da organização de processos.

 Na Região de Saúde Central, foi possível dobrar o giro de leitos. E na Região Sudoeste, a taxa de suspensão de cirurgias eletivas caiu de 28%, em janeiro, para 12%, em setembro de 2019.

Plano distrital

Na gestão atual, há novidades nesta versão dos acordos. A primeira delas é a vigência do AGR, que agora terá duração de quatro anos (2020/2023), mesmo período do Plano Distrital de Saúde.

A segunda novidade diz respeito à participação dos hospitais da Criança (HCB), Universitário de Brasília (HUB) e do Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) na pactuação dos acordos. “Eles também são da rede e devem fazer parte dos processos de saúde”, destacou a diretora de Gestão Regionalizada da Secretaria de Saúde, Mabelle Roque.

A terceira inovação, algo inédito na rede pública de saúde do DF, foi a criação do Acordo de Gestão Local. Com o AGL, pela primeira vez, a SES terá indicadores para acompanhar os trabalhos, avanços e dificuldades das unidades básicas de saúde (UBS) do DF. “É uma grande novidade, que começa a partir de fevereiro”, informou Mabelle.

No caso do AGL, para o primeiro ano de acompanhamento não serão estipuladas metas específicas, uma vez que essa primeira rodada servirá para fazer o levantamento da linha de base dos resultados dos indicadores a serem monitorados.

Melhorar atendimento

Ao todo, 49 indicadores foram estabelecidos para compor o AGR. Entre eles, destacam-se as metas de melhorar a qualidade do acesso da população aos serviços de saúde, reduzir o índice de cesárias e o índice de mortalidade infantil. Os debates destinados a pactuar as metas de 2020 a 2023 envolveram 533 gestores, com 42 horas de tempo empregadas nas discussões.

Com relação às URD, dez indicadores foram estabelecidos para o acordo do Hospital de Apoio de Brasília (HAB), nove para o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), 29 para o acordo do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e 13 para o Complexo Regulador em Saúde.

Já no AGL, foram selecionados 11 indicadores, que serão monitorados em cada UBS. Entre eles, acompanhar o número de atendimentos feitos por equipe; o percentual de absenteísmo pelos profissionais nas UBS; e o número de atividades coletivas de prevenção e promoção da saúde ofertadas pela equipe da Atenção Primária a cada mês.

Ao todo, 256 gestores participaram dessas discussões, representando a administração central, as sete regiões de Saúde e aproximadamente 170 UBS. Foram 20 horas de tempo empregado em todos os debates e apresentações, com mais de 100 “contratos de resultados” pactuados.

* Com informações da Secretaria de Saúde/DF