17/02/2020 às 16:02, atualizado em 17/02/2020 às 16:28

Itapoã ganha laboratório de robótica

Com aulas gratuitas, mais de 150 alunos deverão ser capacitados em seis meses de curso

Por Lucíola Barbosa, da Agência Brasília

Foto: Renato Alves / Agência Brasília

Um robô branco gigante dançante chamou a atenção da criançada e da comunidade presente à festa de inauguração do Laboratório de Robótica de acesso público do Programa Passaporte para o Futuro na Região Administrativa do Itapoã. O evento teve a presença do vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto.

Idealizado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com o Instituto Campus Party, o laboratório quer capacitar jovens de 10 a 18 anos no aprendizado e manuseio de softwares livres e impressoras 3D. Além disso, os alunos aprendem a construir robôs e drones e assimilar conceito de web design. As aulas são gratuitas.

“Aqui estão os meninos do futuro. Precisamos de tecnologia para o Brasil, incluindo o Distrito Federal, e o mundo. E vamos levá-la à nossa população”, observou Paco Britto, lembrando que serão abertos mais dez laboratórios de robótica e tecnologia espalhados por várias regiões administrativas do DF; a unidade do Itapoã é a terceira aberta, depois do Paranoá e Sol Nascente, inauguradas em final de janeiro último.

A meta da Secti é abrir cerca de 100 unidades até o final de 2021. “As tecnologias fazem parte de tudo. É uma oportunidade única para essa juventude”, disse o secretário Gilvan Máximo. As autoridades presentes puderam conhecer o laboratório, onde estavam expostos vários kits de ferramentas; equipamentos como drones, óculos e impressoras 3D, micro câmeras; computadores; livros intitulados “Robótica Maker” (material que será distribuído nas aulas), entre outros itens.

Robô

Atento à performance do robô, o aluno Douglas Felipe, 10 anos, sabe o que quer para o futuro. “Gostei de fazer parte (do programa), porque quero fazer alguma coisa que ainda não fiz”, frisou, ansioso por começar as aulas no próximo dia 2 de março. As turmas têm cerca de 30 alunos por turno (matutino e vespertino), com monitores e orientadores lecionando. Entre 150 e 200 jovens serão formados até o final do ano. As vagas são destinadas para alunos carentes, sendo 50% para o sexo masculino e 50%, para o feminino.

Para o professor Bruno Soares, morador do Gama, as crianças e adolescentes do Distrito Federal estão tendo uma oportunidade única. “O mundo está voltado para a área de robótica e tecnologia. Em outros países, as crianças começam o aprendizado a partir dos seis anos. Aqui, meninos e meninas, a partir dos 10 anos, vão aprender a automatizar qualquer aparelho, a casa completa, com uso de sensores, por exemplo”, explicou, acrescentando que, após seis meses de aprendizagem – período de duração do curso -, o jovem ganhará um certificado, que possibilitará encaminhamento para o mercado de trabalho.

“Ibaneis [governador do DF Ibaneis Rocha] olhou para essa cidade com olhos clínicos. Hoje, o GDF está trazendo a quarta revolução industrial para o Itapoã, para capacitar nossos jovens, crianças e adolescentes, para o mercado de trabalho”, disse o administrador do Itapoã, Valdemar Medeiros.

Acompanhado do secretário Gilvan Máximo, do presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, dos administradores Valdemar Medeiros e Serginho Damaceno, Paco Britto descerrou a placa de inauguração do laboratório.