18/02/2020 às 17:23

Espaços no Parque da Cidade são revitalizados em ato contra transfobia

Vinte ipês foram plantados em locais criados em homenagem às vítimas de violência LGBTfóbica, em ação coordenada pela Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial da Sejus

Por Agência Brasília*

Com a iniciativa, o Jardim Marina Garlen agora conta com 80 mudas de ipê plantadas desde a 1ª edição do ato. O Espaço Dandara teve mesas e bancos pintados com as cores da bandeira LGBT. Foto: Divulgação

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) realizou nesta terça-feira (18) o plantio de 20 ipês durante o IV Ato contra a Transfobia, no Parque da Cidade. Com o lema “Se plantarmos Respeito, colheremos Amor”, a iniciativa é uma forma de revitalizar espaços que foram criados em homenagem às vítimas de violência LGBTfóbica e foi coordenada pela Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial da Sejus.

Com a iniciativa, o Jardim Marina Garlen agora conta com 80 mudas de ipê plantadas desde a 1ª edição do ato. O Espaço Dandara teve mesas e bancos pintados com as cores da bandeira LGBT. Também foram prestadas homenagens a Fernanda Benvenutt, militante transexual brasileira dos direitos humanos LGBT, morta este ano, e a Marielle Franco, líder política defensora dos direitos humanos. A atividade faz parte do calendário de eventos alusivos ao Dia da Visibilidade Trans, celebrado no dia 29 de janeiro, denominado “15 Dias de Ativismo Trans pela Visibilidade”.

Durante o evento, o subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo, anunciou a elaboração de estudo para inserir mais opções de serviços pelo Canal 162, da Ouvidoria Geral do DF. “Em breve, lançaremos o Disque Direitos Humanos por meio do Canal de Atendimento 162, para que possamos ter uma rede responsável para trabalhar e tratar as denúncias de vítimas de violência LGBT, população em situação de rua, idosos, pessoa com deficiência e intolerância religiosa ”, explicou.

O objetivo do evento no Parque da Cidade, segundo a coordenadora de Diversidade LGBT da Sejus, Paula Benett, é desconstruir preconceitos da sociedade. “E que essas mudas possam florescer e mostrar que a população trans não é invisível”, disse sobre o plantio de ipês. 

Pacto
A Sejus aderiu, em 2019, ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência LGBTfóbica. Recentemente, a secretaria realizou cerimônia alusiva ao Dia Nacional da Visibilidade Trans com o intuito de ressaltar a importância da diversidade e o respeito ao movimento trans, representado por travestis e transexuais. Na ocasião, foi assinado o Termo de Compromisso com a portaria que normatiza o atendimento à população LBGTI dentro das unidades socioeducativas do DF.

*Com informações da Sejus