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22/02/2020 às 20:19, atualizado em 22/02/2020 às 22:25
Democrática, a festa tem programação com 14 artistas da cidade e representa a capital de todos os brasileiros, com frevo, samba, axé e forró
Foi dada a largada para a programação oficial do Carnaval 2020 do Governo do Distrito Federal. Com sete metros de altura, o palco Brasília 60, montado no estacionamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte), deve reunir 20 mil foliões nos quatro dias de festa. Democrática, a folia gratuita na capital tem programação com 14 artistas locais que representam a capital de todos os brasileiros, com frevo, samba, axé e forró.
[Olho texto='”Carnaval é a manifestação cultural mais viva do país e o Brasil inteiro está aqui representado”‘ assinatura=”Carlos Alberto. secretário de Cultura e Economia Criativa em exercício” esquerda_direita_centro=”direita”]
“Carnaval é a manifestação cultural mais viva do país e o Brasil inteiro está aqui representado”, exalta o secretário de Cultura e Economia Criativa em exercício, Carlos Alberto . De acordo com ele, a festa foi pensada e executada baseada nos pilares de economicidade, diversidade cultural, segurança e valorização do artista local. “Nada mais mérito que resgatar esse espírito bairrista do brasiliense. É uma festa para toda a família, de todas as idades, e gêneros”, garante.
Neste sábado (22), a banda carnavalesca feminina Maria Vai Casoutras abriu a festa promovida pelo GDF. Vocalista e percussionista, Loyane Tavares, 34 anos, conta que a banda participa da folia brasiliense desde a criação, oito anos atrás. “A gente acredita muito no Carnaval da cidade. É nossa cultura, é raiz brasileira”, valoriza.
Para ela, é importante promover o uso dos espaços democráticos com eventos gratuitos. “O Carnaval de Brasília vem crescendo e é muito bom fazer parte disso. Cada vez mais blocos, mais shows, mais gente nas ruas. O público tem surpreendido, cada vez mais animado. Com chuva, sem chuva, botam fantasia e purpurina e vêm se divertir”, observa.
[Olho texto='”O público está cada vez mais animado. Com chuva, sem chuva, botam fantasia e purpurina e vêm se divertir.”‘ assinatura=”Loyane Tavares, artista do grupo Maria Vai Casoutras” esquerda_direita_centro=”esquerda”]
O grupo foi seguido pela Renata Jambeiro, Jean Mussa, Kika Ribeiro, Os Crioulos e Amor Maior. Nos intervalos, a DJ planaltinense Ana Ximenes manteve a animação dos foliões, estreando no Carnaval da capital. Até terça-feira (25), 14 artistas e bandas locais vão se revezar no palco. A programação completa está disponível no site do Carnaval 2020.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) investiu mais de R$ 200 mil na folia – R$ 15 mil para cada artista, e R$ 1,5 mil para a DJ. A estrutura de palco, cercamento e banheiros ficou por conta do patrocinador. Para os eventos da cidade, a pasta tem buscado dividir os custos com a iniciativa privada.
Para todos
Crianças, jovens, adultos, idosos, princesas, heróis e fadas. O Palco 60 do Carnaval 2020 do DF tem espaço para todo tipo de gente – fantasiada ou não. Para acessar o cercado da estrutura, é preciso passar por revista e, em todo o perímetro, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) está mobilizada: a intenção é garantir uma festa segura. Dentro, ambulantes cadastrados pelo GDF garantem o abastecimento de alimentos e bebidas.
Eduardo Luna, 48 anos, estreou no Carnaval brasiliense com capricho. Com tiara de orelhas de coelho, maquiagem, pintura de unhas e vestido, o morador de Sobradinho elogia o investimento na cultura. “Eu gosto de folia, mas nunca tinha vindo em um Carnaval no DF. É ótimo poder participar de um evento desses, e é importante que seja promovido para toda a sociedade, com boa estrutura”, acredita o cuidador de idosos.
O hábito de pular Carnaval nas ruas da capital também pode ser hereditário. A maranhense Maria Elenice, 65 anos, chegou ao DF na década de 1970 e garante: “o Carnaval de rua de Brasília é o melhor”. Acreditando nisso, virou figurinha carimbada na folia, arrastando toda a família. No ano especial de comemoração de 60 anos da cidade, foram em três gerações.
“Vale a pena sair de casa e vir pular carnaval”, diz a filha, Shirley Paz, 42 anos. A terceira geração da família é representada por Lorrany Paz, 17 anos. Ela, que cresceu pulando Carnaval, espera aproveitar cada minuto da folia. Para as três moradoras de Planaltina, o evento deste ano tem mais segurança, com presença de muitos policiais, e mais organização. “Estou gostando muito do que vi aqui até agora”, disse Shirley.
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Tempo de samba
Neste domingo (23), a programação se volta para o samba. As agremiações Unidos da Vila Planalto e Bola Preta de Sobradinho desfilarão no espaço. Na segunda (24), Império do Guará e Aruc prometem animar os foliões. Águia Imperial e Ceilândia e Acadêmicos da Asa Norte fecham o Carnaval de Brasília em grande estilo na terça (25).