15/03/2020 às 15:43

Distrito Federal tem 14 casos de coronavírus

Boletim da Secretaria de Saúde divulgado neste domingo (15) confirma infecção de mais seis pessoas. Outros 158 casos seguem sob suspeita

Por Renata Moura, da Agência Brasília

A Secretaria de Saúde atualizou, na tarde deste domingo (15), os números de casos do coronavírus no Distrito Federal. Segundo o documento, 14 pessoas tiveram o diagnóstico confirmado de infecção pelo Covid-19. Outros 158 ainda aguardam exames laboratoriais e 84 já foram descartados. O monitoramento está sendo feito pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (GECAMP/CIEVS) que, diariamente, apresenta a situação epidemiológica mundial e nacional referente aos avanços da doença. “No cenário mundial, vem ocorrendo um aumento no número de casos, totalizando 152.428 casos desde o início da epidemia até 15/03/2020”, descreve o relatório.

Segundo o levantamento, a China, que foi principal foco da doença e responde por mais de 50% dos casos confirmados, já tem recuado o número de casos novos. No entanto, em outros países, há um registro natural de novos casos. “Houve também ampliação no número de países (141) com casos confirmados”, afirma a nota.

Entenda
O coronavírus (Covid-19) é um vírus que causa doença respiratória com sintomas semelhantes a um resfriado (febre, tosse, dificuldade em respirar), podendo também causar pneumonia. As investigações sobre as formas de transmissão ainda estão em andamento, mas se sabe que a disseminação ocorre de pessoa para pessoa, por gotículas respiratórias ou contato direto. Ele tem transmissão menos intensa que o vírus da gripe, sendo menor o risco de circulação mundial.

Precaução
O médico infectologista da Secretaria de Saúde, Eduardo Hage, lembra que a melhor forma de prevenir a doença ainda é lavar bem as mãos com água e sabão. “Não existe a necessidade de sair na rua utilizando máscaras. O que precisamos reforçar são as medidas de prevenção. Então, lavar sempre as mãos é essencial”, afirma.

Segundo ele, o uso do álcool gel também é recomendado caso não haja possibilidade da higienização com água e sabão. “Além disso, é bom evitar o contato das mãos com as mucosas, olhos, nariz e boca. Se tossir, evitar colocar a mão na boca, usar um papel descartável ou posicionar mais o antebraço ou cotovelo, para que essas mãos não sejam uma fonte de contaminação”, recomenda.

Caso de suspeita de ter adquirido o vírus, a pessoa pode buscar o primeiro atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de casa ou em uma unidade privada, em casos de quem possui convênio médico.

Eduardo Hage destaca que apenas os casos mais graves são encaminhados para internação hospitalar. “Somente casos com fatores de risco para desenvolver a doença ou algum fator de gravidade para a evolução do coronavírus. Se a pessoa estiver na dúvida, deve procurar atendimento na atenção primária, para evitar idas desnecessárias aos hospitais”.