07/04/2020 às 19:54, atualizado em 15/04/2024 às 12:03

Avança recuperação da Galeria dos Estados

Recapeamento da alça externa está 70% executado e praça ganhará plantio de mudas de árvores. Expectativa é de que acesso sob o Eixo Rodoviário Sul esteja liberado até o início de maio

Por Jéssica Antunes, da Agência Brasília

Liberado em junho de 2019, trecho do Eixo Rodoviário Sul ficou interditado por 16 meses após a queda do viaduto | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

O trabalho de recuperação completa da Galeria dos Estados não para. Do lado de fora, o recapeamento da pavimentação da alça externa está 70% executada e a praça ganhará plantio de mudas de árvores. Ao mesmo tempo, o contrato de reforma da área interna e dos pontos de parada que dão acesso à parte subterrânea tem 55% dos serviços realizados. Para garantir a segurança, operários do grupo de risco da Covid-19 foram afastados.

Diretor de Urbanização da Novacap, Sérgio Antunes Lemos conta que a parte que envolve paisagismo, pavimentação e calçadas está em fase final.  “Já fizemos a demolição e terraplanagem. Na parte de baixo, dos lados e no centrão, gastamos em torno de 635 toneladas de massa de massa asfáltica e pavimentamos cerca de 6.050 metros quadrados”, detalha.

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As próximas etapas envolvem a finalização do plantio de 7,1 mil metros quadrados de grama e dos passeios, com 1,5 mil metros quadrados de calçadas e 1,8 mil metros quadrados de meios fios. Na próxima semana, informa Lemos, será realizada a ornamentação da praça, com plantio de 64 palmeiras e 18 ipês coloridos.

Na Praça dos Estados, a Companhia Energética de Brasília (CEB) faz a instalação de 57 postes de aço com luminárias de LED, um poste de concreto e 16 conjuntos de projetores, também de LED. A empresa executa a obra empenhada pela Secretaria de Obras e Infraestrutura no valor de R$ 635.690,00. “A luz é um instrumento importante que leva proteção ao cidadão, uma cidade mais iluminada é uma cidade mais segura”, diz o presidente, Edison Garcia.

Após as intervenções serem concluídas, o Departamento de Trânsito (Detran-DF) fará as sinalizações horizontais e verticais para liberação do tráfego ali, depois de três anos interditado. A expectativa que isso ocorra até maio, mas, como toda obra, depende do clima. “Com chuva fica mais difícil trabalhar. Asfalto e água não combinam. É preciso esperar a terra secar para executar as ações. Com estiagem e tempo mais seco, rende mais”, explica Lemos.

Área interna

A reforma passagem subterrânea que une o Setor Comercial Sul ao Setor Bancário Sul e dos pontos de ônibus foi iniciada em fevereiro de 2019 e tem 55% dos serviços realizados. O contrato, de R$5.360.249,43, prevê recuperação, manutenção coletiva e revitalização dos viadutos sobre a galeria, incluindo estrutura, impermeabilização, instalações e acessibilidade.

Desabamento do viaduto causou transtornos ao trânsito e a pedestres, por um ano e quatro meses, na área central de Brasília | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

O projeto prevê reconstrução de lojas, pisos de granito, revestimentos nas paredes e tetos, além de cabeamento para internet, banheiros públicos, circuito interno de segurança, iluminação de LED, impermeabilização do teto, acabamento e esquadrias. Passa por renovação as redes elétrica e hidráulica.

Chefe do Departamento de Edificações da Novacap, Luciano Humberto de Sousa conta que os empregados que fazem parte do grupo de risco da Covid-19 foram afastados e a execução conta com 17 operários, que passam por medição de temperatura diária e foram orientados a respeitar o distanciamento social nos locais de trabalho e áreas comuns, além das instruções redobradas de higiene e prevenção.

Relembre o caso

O trecho do Eixo Rodoviário Sul que ficou interditado por 16 meses após a queda do viaduto sobre a Galeria dos Estados foi liberado em junho de 2019, beneficiando 120 mil veículos que trafegam por ali diariamente. A atual gestão recebeu a obra com 24% de execução.

Efeito Covid-19: funcionários do grupo de risco não participam da obra e os aptos passam por medição de temperatura constantemente | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Para agilizar o andamento dos trabalhos, os profissionais trabalharam em dois turnos, com 138 operários, com investimento de R$ 12 milhões.

Em 6 de fevereiro de 2017, um bloco de concreto de do Eixão com 300 metros quadrados e 45 toneladas desabou, comprometendo duas das três faixas da rodovia.

Parte da passagem subterrânea que une o Setor Comercial Sul ao Setor Bancário Sul, sob a pista, foi destruída. Três carros foram destruídos, mas ninguém se feriu.