Trinta mulheres vítimas de violência ou de extrema vulnerabilidade estão, atualmente, acolhidas na Casa de Passagem – Casa Flor. A unidade, em Taguatinga, é responsável por oferecer, entre outros serviços, a proteção integral a essas pessoas. Nessa ótica e levando-se em consideração o período de distanciamento social, foi montado um espaço apropriado para receber quem apresentar sintomas da Covid-19.
A gerência do local transformou uma sala de atividades integrativas em quarto. Cinco camas, armários, ventiladores e toda a estrutura foi colocada no espaço para acomodar a pessoa no período de quarentena.
É importante ressaltar que nenhuma das acolhidas apresentou qualquer sintoma. A ideia foi se antecipar a uma possível situação. Além disso, outra função do espaço é para o caso de alguma nova beneficiária chegar. Ela vai passar por um período de isolamento em relação as demais por cerca de 15 dias, como prevê a organização Mundial de Saúde (OMS), para que sejam observados sintomas e, assim, preservar a saúde das demais alojadas.
Na tarde desta segunda-feira (11), a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, visitou a unidade para conhecer como funciona o atendimento na unidade para possíveis vítimas da Covid-19. “Essa é uma medida necessária e preventiva. Mulheres que ingressarem no serviço ficam aqui, mas recebem todo o suporte necessário”, explica a secretária, lembrando que os servidores estão orientados a tomarem os devidos cuidados de prevenção, higiene e distanciamento.
“No caso de alguém persistir com os sintomas, aciona-se imediatamente as equipes da rede de saúde para o devido atendimento”, completa a secretária Mayara Noronha, que foi acompanhada pela deputada distrital Júlia Lucy, que também responde pela Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Legislativa.
A Casa de passagem – Casa Flor foi fundada em 2008. O local conta com 12 quartos e tem capacidade pare atender até 35 mulheres em situação de violência ou extrema vulnerabilidade. Elas podem ficar na unidade por até três meses renováveis por igual período, e, em determinados casos, enquanto perdurar a necessidade de acolhimento.
Uma das acolhidas é a paraibana Suzana Novaes*. Em sua sexta passagem pela Casa Flor, ela ressalta que é um lugar de aconchego, proteção e carinho. Com problemas relacionados a drogas e abandono familiar, a senhora de 40 anos se diz em família quando está lá, mas pretende, dessa vez, superar todas as dificuldades para, enfim, seguir seu caminho. “Quero trabalhar com assistência social. Como fui orientada a buscar meus direitos e a replanejar minha vida, quero fazer isso por outras mulheres um dia”, ressalta.
*O nome da beneficiária foi alterado para preservar sua identidade
*Com informações da Ascom/Secretaria de Desenvolvimento Social