12/05/2020 às 14:09, atualizado em 12/05/2020 às 15:13

Terapeutas fabricam 115 aparelhos para adequação postural

Profissionais atuam no Hospital de Santa Maria e montaram uma oficina para produção do material

Por Agência Brasília*

Foto: Divulgação/Iges

Os profissionais usaram diversos tipos de materiais, como espuma D28, espuma piramidal, napa e velcro para fazer os aparelhos terapêuticos. Foto: Divulgação/Iges

A equipe de terapia ocupacional do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) fabricou 115 aparelhos terapêuticos para auxiliar no tratamento de pacientes internados na UTI e no pronto-socorro montado na unidade para Covid-19. Chamados de “recursos para adequação postural”, os equipamentos foram produzidos em uma oficina feita no ambulatório de saúde funcional.

Os profissionais usaram diversos tipos de materiais, como espuma D28, espuma piramidal, napa e velcro. No local, foram confeccionados 100 coxins de posicionamento para a posição prona, manobra utilizada para combater a hipoxemia (insuficiência de oxigenação) nos pacientes com síndrome respiratória aguda, sendo considerada um modo eficaz de melhorar a oxigenação.

Além disso, eles fizeram 15 triângulos de posicionamento de membros superiores do paciente no leito. O recurso auxilia na distribuição equitativa do peso corporal sobre superfície de apoio, mantém o alinhamento normal do corpo e garante circulação venosa livre. Outros benefícios são a utilização da mecânica corporal de forma adequada, prevenindo lesões na pele, contraturas, atrofias e redução da capacidade funcional.

“Nós, terapeutas ocupacionais, somos capacitados para trabalhar com qualquer tipo de tecnologia assistiva, entre elas, a que trata de recursos para a adaptação postural. A equipe de Terapia Ocupacional do HRSM fez um projeto para atender toda a necessidade pontuada pela equipe de fisioterapia”, explicou a coordenadora da equipe de Terapia Ocupacional do HRSM, Marianna Sousa.

A coordenadora informou que o material também está de acordo com todas as orientações da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), permitindo a devida higienização e reutilização. O material é de baixo custo e com a seguridade e eficácia dos materiais utilizados pela indústria.

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Para Marianna Sousa, a importância dessa ação vai muito além do que pensar apenas no conforto do paciente, mas visa ao posicionamento adequado em qualquer circunstância dentro de um plano terapêutico feito individualmente para os pacientes hospitalizados.

“Utilizamos esses recursos como uma técnica para prevenir contraturas musculares, edemas e minimizar efeitos advindos da imobilização prolongada no leito. Então estamos pensando no agora e também no prognóstico funcional desse paciente”, finalizou a profissional.

O diretor-presidente do Iges-DF, Sergio Costa, destacou que o instituto apoia todas as iniciativas para humanizar os cuidados com o paciente e melhorar a qualidade do tratamento. “Sabemos da importância que esse tipo de iniciativa tem e como ela repercute positivamente no nosso atendimento”, concluiu.

 

*Com informações do Iges-DF