16/05/2020 às 11:45

Dia do Gari: o orgulho daqueles que ajudam a cuidar do DF

São mais de 5 mil profissionais que trabalham diariamente na limpeza urbana. Apesar do amarelo berrante do macacão, muitos se sentem ‘invisíveis’. Mas pandemia da Covid-19 trouxe homenagens

Por Agência Brasília *

“Nosso serviço é essencial”, reconhece a gari Anna Caroline – e isso reflete um sentimento comum entre os profissionais que atuam na limpeza urbana do DF: o orgulho. Hoje, 16 de maio, é celebrado o Dia do Gari. Em todo Distrito Federal são cerca de 5,6 mil profissionais envolvidos nas diversas atividades de limpeza urbana – incluindo os servidores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), sendo 2.155 garis e 799 coletores. Essa turma não ajuda a manter a cidade limpa, mas saudável. 

A limpeza urbana é considerada um serviço tão relevante que os servidores da área continuam nas ruas, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. Eles, diariamente, chova ou faça Sol, estão nas ruas varrendo, coletando resíduos e fazendo capina em todas as regiões do DF. Claro que adotando medidas de segurança, como uso de máscaras. 

[Olho texto=”Se a gente passar um dia sem varrer, a comunidade já sente falta” assinatura=”Marineide Santiago, gari” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Se eu pudesse fazer um pedido, seria para que as pessoas enxergassem mais o nosso trabalho. Muitos só lembram do gari quando ficamos sem trabalhar”, diz Marineide Santiago, relatando outro sentimento comum para muitos deles: a invisibilidade (apesar do amarelo berrante do macacão). 

Essa realidade talvez tenha mudado um pouco neste período de pandemia: há quem valorize o trabalho desses profissionais que continuam nas ruas enquanto parte da população segue em isolamento. Os gestos de carinho e solidariedade se multiplicam. Nas últimas semanas, os garis do DF receberam diversas homenagens, como doação de chocolates, almoço e cartinhas de agradecimento. 

Mas, para eles, o maior reconhecimento é ver que o trabalho está sendo bem feito. Um trabalho que ajuda a manter o sustento de muitas famílias. “Eu tenho orgulho de ser gari na minha cidade, porque este é o meu primeiro emprego e eu dou muito valor nele”, declara Rozilede Souza. 


Histórico

Foto: Agência Brasília / Arquivo


O nome gari nasceu em homenagem ao empresário Aleixo Gary que, em 11 de outubro de 1876, assinou contrato com o Ministério Imperial para fazer o serviço de limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Daí, sempre que havia algum lugar sujo, mandavam chamar a turma do Gary. E o nome se popularizou. Na capital federal, o Serviço de Limpeza Urbana foi uma das primeiras instituições ambientalistas criadas, em 1961, denominada inicialmente Serviço de Limpeza Pública. Naquela época, a chegada de pessoas vindas de outros estados para Brasília aumentava significativamente o volume de resíduos gerados. Atualmente, o serviço é executado por empresas terceirizadas e coordenado pelo SLU. 

* Com informações do SLU