18/05/2020 às 10:39, atualizado em 18/05/2020 às 20:26

Quase seis mil medicamentos de alto custo já foram entregues em casa

Serviço, executado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Saúde e o BRB, beneficiou 3.924 pacientes logo no primeiro mês em que foi implantado

Por Ary Filgueira, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Cacilda Gonçalves recebe os remédios na porta de casa: “É uma bênção esse novo serviço” | Fotos: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Em abril, 5,8 mil medicamentos de alto custo foram entregues nas residências de 3.924 pacientes cadastrados nas farmácias de alto custo do DF. Esse foi o resultado do primeiro mês do serviço, criado por meio de parceria entre a Secretaria de Saúde (SES) e o Banco de Brasília (BRB) para evitar filas e aglomerações durante a pandemia da Covid-19. Para tanto, foi assinado um convênio no valor de R$ 10,8 milhões.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 10,8 milhões” texto=”Valor do convênio firmado entre a Secretaria de Saúde e o BRB para viabilizar as entregas em domicílio” esquerda_direita_centro=”centro”]

Com as melhorias feitas no fluxo e logística das entregas, a projeção dos gestores é agendar, para maio, cerca de 18 mil medicamentos. A incorporação de mais usuários atendidos, a cada mês, mostra que o serviço se estruturou e conquistou o gosto do público, graças à segurança e comodidade. Elogios à iniciativa têm se tornado frequentes nas mídias sociais e na pesquisa de satisfação do serviço de agendamento da SES.

Uma das pessoas a destacar a importância desse serviço é Cacilda Alves Ribeiro, de 65 anos. Moradora do Riacho Fundo II, ela precisava constantemente buscar de ônibus o fármaco para seu marido Hilton Ribeiro Alvarenga, 65, em outra cidade.  “O serviço ajudou muito”, conta. “Eles trouxeram [o medicamento] num momento em que eu não podia mais sair. Como não precisa ir até lá para fazer a renovação do pedido, também foi muito bom. E, com o perigo do coronavírus, o melhor é ficar em quarentena. É uma bênção o novo serviço”.

Moradora da QN 12 do Riacho Fundo II, Núbia Leila Ferreira, 40 anos, recebeu em casa o remédio da mãe, Marli Pereira Magalhães, 72 anos. Depois de conferir a encomenda, Núbia agradeceu aos funcionários da empresa que fizeram a entrega. “Bem melhor assim. Minha mãe tinha de ir ao Gama, pegar ônibus”, conta.

Núbia Leila Fernandes: “Bem melhor assim. Minha mãe tinha de ir ao Gama, pegar ônibus” |

Do outro lado da DF-001, que divide o Riacho Fundo do Recanto das Emas, Fernanda Akeme da Silva, 22 anos, aguardava ansiosa a chegada da empresa com a medicação da mãe, Mirian Alves da Silva, 47. A moradora da Quadra 802 recebeu um kit com mesalazina. “A entrega em casa é uma comodidade muito boa”, comentou. “Achei maravilhosa essa iniciativa, principalmente durante essa crise que estamos vivendo”.

Fernanda Akeme: “Achei maravilhosa essa iniciativa, principalmente durante essa crise”

Resultados positivos

Depois de pouco mais de um mês de experiência, o principal resultado observado pelos gestores foi a diminuição das filas de espera das farmácias de alto custo, o que reduziu as aglomerações. Com a entrega em domicílio, a média atual tem sido de 250 dispensações presenciais diárias – número que, antes da iniciativa, era de 450 por dia.

De acordo com a diretora de assistência farmacêutica da SES, Samara Carneiro, as filas reduziram em cerca de 60% na farmácia de alto custo de Ceilândia, e aproximadamente 50% nas unidades do Gama e da 102 Sul. “Nunca houve algo assim na Secretaria de Saúde”, ressalta. Ela informa que as três unidades das farmácias de alto custo seguem em funcionamento presencial normal.

Apesar de alguns pacientes não terem recebido os medicamentos em abril, a diretora lembrou que eles serão priorizados nas próximas entregas, com todos os cadastrados sendo beneficiados em casa. “Estamos aprimorando os fluxos e rotas para, se possível, incorporar outros usuários, também vulneráveis no serviço de entrega domiciliar”, adianta.

Como funciona

Se quiser agendar o recebimento dos remédios em casa, o paciente com cadastro atualizado na farmácia deve ligar para o número 3029-8080, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Só pode receber os medicamentos o próprio paciente ou um representante legal, que também deve estar cadastrado na farmácia.

Para entrega em domicílio, é necessário que o paciente já esteja retirando o medicamento com cadastro regularizado. Novos pacientes no serviço deverão, primeiramente, passar por uma consulta farmacêutica para receber o fármaco antes de ele ser entregue em casa.

Enfrentamento

Algumas mudanças foram implementadas nas farmácias de alto custo para enfrentamento da Covid-19. Nas três unidades – Gama, Ceilândia e Asa Sul –, os servidores organizam a entrada dos pacientes, respeitando a distância de pelo menos dois metros entre as pessoas. Além de ter à disposição álcool gel para higienização das mãos, quem apresenta algum sintoma gripal recebe máscara.

No total, 33 mil pacientes estão cadastrados para receber medicamentos de alto custo nas três farmácias. Para tirar dúvidas sobre atendimento e informações sobre a entrega em casa, o paciente pode ligar diretamente nas unidades. Para mais informações, acesse o site http://www.saude.df.gov.br/componente-especializado/.

[Numeralha titulo_grande=”33 mil” texto=”Número de pacientes cadastrados nas farmácias de alto custo” esquerda_direita_centro=”centro”]

Farmácias de alto custo

  • Asa Sul : Estação 102 Sul do Metrô, Subsolo – Ala Comercial, Asa Sul. Telefone e WhatsApp: (61) 4042-6774.
    e-mail: gemex.ses@gmail.com.
  • Ceilândia: EQNM 18/20, blocos A e C – Praça do Cidadão, Ceilândia. Telefone e WhatsApp: (61) 4042-6773.
    e-mail: ceafceilandia@gmail.com.
  • Gama: Praça 1, s/nº – Setor Leste, Gama. Telefone e WhatsApp: (61) 4042-6771. e-mail: nfcegama@gmail.com.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

* Com informações da SES