25/05/2020 às 19:09, atualizado em 25/05/2020 às 19:11

Aumenta o número de trabalhadoras domésticas com carteira assinada

Um dos retratos da Pesquisa de Emprego e Desemprego mostra que, em um ano, a formalidade cresceu no setor

Por Agência Brasília * | Edição: Fábio Góis

O número de trabalhadoras domésticas que passaram a exercer a profissão de maneira formal cresceu 5,3%, do primeiro semestre de 2018 para o de 2019, segundo levantamento da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) feito pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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Ao analisar a forma de inserção ocupacional no período, houve um aumento de 5,3% no total de empregadas domésticas mensalistas com carteira de trabalho assinada e uma queda 4,4% no total das que trabalham na informalidade. Quanto às diaristas, a pesquisa mostra que houve um aumento de 14,3%.

O presidente da Codeplan, Jean Lima, analisa que, apesar das dificuldades econômicas dos últimos anos, há uma mudança de cultura em relação ao assunto. “O trabalho doméstico foi visto por muito tempo como desigual em relação às outras ocupações laborais e a pesquisa mostra que o Distrito Federal avançou em perceber e cumprir com os direitos destas trabalhadoras”, analisa.

Os dados do estudo Evolução do trabalho doméstico na conjuntura recente do Distrito Federal, um dos retratos das PED ainda revela as formas de contratação destas trabalhadoras no intervalo de cinco anos. Em 2015, 50,4% eram mensalistas com carteira de trabalho assinada. Em 2019 esse índice subiu para 51,5%.

No mesmo período comparativo, a proporção de mensalistas sem carteira de trabalho assinada reduziu de 19,7% para 12,9%. Já o percentual de domésticas diaristas saltou de 29,9% para 35,6%.


Perfil

No 1º semestre de 2019, a pesquisa aponta que 43,5% das trabalhadoras domésticas no Distrito Federal são as principais responsáveis pelo domicílio em que residem. Na comparação com o mesmo o período do ano anterior, essa proporção cresceu 2,4%.

Os dados também mostram que a escolaridade das empregadas domésticas aumentou. No primeiro semestre de 2018, 32% delas possuíam ensino médio completo. No mesmo semestre do ano seguinte, esse índice subiu para 35,7%.

Entre o primeiro semestre de 2018 e 2019, a quantidade de mulheres entre 40 e 59 anos no serviço doméstico diminuiu, passando de 58,0% para 54,4%, embora ainda seja a faixa etária mais expressiva entre elas.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada no Distrito Federal desde 1992, a partir de metodologia desenvolvida pelo Dieese e pela Fundação Seade/SP. Em 2020, o DF é a única unidade da Federação que manteve a coleta de dados para obter um cenário do mercado de trabalho local.

 

* Com informações da Codeplan