13/07/2020 às 15:13, atualizado em 01/08/2021 às 01:29

Em Planaltina, escolas têm reformas concluídas em tempo recorde

GDF investe na revitalização de espaços escolares. Alguns projetos foram concluídos, uns estão em andamento e outros por vir

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília I Edição: Carolina Jardon

Fotos: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

Em visita a Planaltina na última quarta-feira (8), o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, prometeu à comunidade local benefícios imediatos para duas escolas da região, com garantia de que as obras começassem já no dia seguinte. E assim foi feito.

“Vinte e quatro horas depois já tinha homens trabalhando no projeto de um auditório para uma de nossas escolas”, conta o coordenador regional de ensino de Planaltina, Bento Alves dos Reis, referindo-se ao Centro Educacional, Pompílio Marques de Souza.

“Vai ser importante porque será um espaço a mais não apenas para nossos alunos, mas para os moradores, que não tem lugar para realizar eventos comunitários”, comemora o diretor da instituição, Welton Rabelo.

Futuramente com capacidade para abrigar 500 alunos, o espaço multimídia, orçado em mais de R$ 400 mil – via emenda parlamentar -, deve ficar pronto entre o final de outubro e o início de novembro deste ano. A outra, é a cobertura da quadra poliesportiva da Escola Classe 16 já iniciada, também, na semana passada. Na manhã dessa segunda-feira (13), operários finalizavam a colação das bases de aço aonde serão fincadas as colunas de apoio de sustentação do telhado.

É outra revitalização que será importante tanto para os alunos, quanto para a comunidade local. É o que acredita o morador Alair Mendes, responsável por uma escola de futebol independente que movimenta cerca de 300 alunos e que não tem onde treinar. “Ficamos animados porque agora a turma não vai tomar chuva nem sol”, agradece ele. “É um espaço que vamos abrir também para a comunidade”, adianta o diretor Wellington de Mesquita.

Escola Mãe do DF

Praticamente todas as 65 escolas de Planaltina receberam algum tipo de revitalização desde 2019. As verbas para os projetos que, em alguns casos já foram finalizados, estão em andamento ou ainda estão por vir, saíram de três vertentes: emenda parlamentar, contrato de manutenção da Secretaria de Educação ou Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (Pdaf), instituído pela Lei Distrital 6.023/2017. Em alguns casos, a escola, de um jeito ou de outro, foi contemplada com os benefícios.

Fundado por religiosos vindo do Rio de Janeiro, o Centro Fundamental 02, mais conhecido como Escola Paroquial, é uma das instituições de ensino mais antigas do DF. São 83 anos de tradição. O que leva o espaço a ser chamado carinhosamente também por docentes e moradores de “Escola Mãe da nossa cidade”. Ali, foram gastos cerca de R$ 750 mil em reformas. A mais importante delas, a cobertura de uma das quadras já foi finalizada pela Novacap, porém, ainda falta inaugurar. “Não deu tempo, por causa da pandemia”, lamenta a diretora Neiva de Oliveira Badu, há 25 anos na instituição.

Além do estacionamento ampliado, dos banheiros masculinos e femininos reformados e da construção de uma passagem que liga o pátio central às quadras da escola, o CEF 02 também teve toda a parte elétrica renovada. “O quadro de energia era dos anos 60”, conta o vice-diretor Luis Cláudio Torres. “Agora ganhamos um novinho em folha”, diz.

A escola também passou por manutenção no pátio central que, ampliado, ganhou um palco novo e espaço mais confortável para atender os quase 1.100 alunos das 40 turmas. “Agora todos os alunos cabem no pátio sem tumulto e desconforto”, disse a diretora. “A maioria dessas melhorias era uma demanda de mais de 30 anos”, explica Neiva.

O Centro Educacional 03, localizado numa das áreas de maior vulnerabilidade social da cidade, também passou por reformas no banheiro, colocação de forros em dois pavilhões, piso de granitina (nome dado aos grãos de rochas moídas, derivados de um processo de moagem seletiva) no lugar de um chão rudimentar, blindex e cerâmica na parede externa da cantina.

“Os tetos desses pavilhões davam dó no período de chuva”, lembra o diretor Ronaldo Victor dos Santos. “Uma melhoria que com certeza os alunos e pais ficarão felizes de ver”, destaca.