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15/07/2020 às 20:57, atualizado em 15/07/2020 às 22:33
APA Gama e Cabeça de Veado recebem aceiros negros para evitar multiplicação de queimadas neste período de seca prolongada
Uma equipe de brigadistas florestais do Brasília Ambiental finalizou nesta quarta-feira (15) três dias de execução de aceiro negro na Área de Proteção Ambiental (APA) Gama e Cabeça de Veado, nas proximidades da DF-001. Ao todo, 30 quilômetros receberam a ação preventiva e agora estão protegidos de queimadas. Realizada com o apoio de vários órgãos distritais e federais, sob a coordenação da Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (DPCIF) do instituto, a medida integra o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PPCIF) da Secretaria de Meio Ambiente (Sema).
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A APA Gama e Cabeça de Veado envolvem diversas unidades de conservação, como o Jardim Botânico de Brasília, a fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília (UnB), e a Reserva Ecológica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de áreas da Marinha e parte do Parque Ecológico do Tororó. Tais áreas de proteção ambiental reúnem cerca de 25 mil hectares de área preservada.
Segundo o diretor do DPCIF, Pedro Paulo Cardoso, a cada ano é feito o aceiro negro nesta área devido à sua vulnerabilidade aos incêndios florestais. Ele explica que existem duas formas de aceiros. “A função deste método preventivo é retirar o material combustível que, no caso, é o mato seco, impedindo assim a possibilidade de fogo pegar ou se alastrar”, destaca.
O diretor lembra que três coisas são necessárias para o fogo: combustível, calor e oxigênio, que formam o chamado “triângulo do fogo”. “Por isso, para acabar com essa possibilidade, precisamos tirar um desses três elementos. O calor tira com a água, o oxigênio com o abafador e o material combustível com execução de aceiros”, explica.
O Brasília Ambiental tem feito tanto o aceiro mecânico como o negro em parques e unidades de conservação sob sua responsabilidade, nesse período de prevenção aos incêndios florestais. O primeiro utiliza tratores e o segundo a roçagem e a queima do mato seco, que ocorre nas bordas das unidades. Ambos promovem faixas de segurança entre esses espaços de preservação e seus acessos, impedindo que o fogo chegue ou se alastre.
Tororó
Apesar de integrar a APA, esta é a primeira vez que o Parque Ecológico do Tororó recebe o aceiro. “O material combustível do parque nunca tinha sido retirado, estava muito denso. Se não executássemos o aceiro com muito cuidado, o fogo poderia ter fugido do controle. Mas deu tudo certo. A equipe é muito capacitada. O desempenho foi excelente”, comemora Pedro Paulo.
Neste ano, o Brasília Ambiental já executou aceiro negro na Estação Ecológica Águas Emendadas (Esecae) e finaliza planejamento para execuções em outras unidades de preservação nesta segunda quinzena de julho, quando chega ao fim esta fase de prevenção. Além da parceria com a Sema, o órgão de meio ambiente conta com o apoio do Jardim Botânico de Brasília, do IBGE, da Ala 01 da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros (CBMDF), do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF), da Estação de Rádio da Marinha, da Fazenda Água Limpa (UnB) e da Escola Superior de Guerra.
* Com informações da Brasília Ambiental