30/07/2020 às 15:05, atualizado em 17/04/2024 às 15:02

Polícia Militar reforça segurança de moradores de Santa Maria 

Na fase inicial, 20 propriedades serão cadastradas e monitoradas pelo Programa Guardião Rural

Por Rosi Araújo da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Batalhão Rural amplia interatividade com a população: PM é importante alidada no combate à criminalidade | Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasilia

 

Atuante no patrulhamento das áreas rurais do DF, o Programa Guardião Rural, da Polícia Militar do DF (PMDF), marca presença, nesta semana, em Santa Maria.  A ação conta com o 3º Batalhão de Polícia Rural, que ajudará no monitoramento do campo. O trabalho reforça a segurança e a comunicação em locais distantes da área urbana.

Primeiramente, é feito o cadastramento das propriedades, com dados sobre os moradores, trabalhadores e bens – como animais, maquinário, insumos e possíveis objetos que possam ser alvo de criminosos. Além de definirem as rotas que dão acesso aos locais, os policiais ampliam a proximidade com os proprietários. Assim, as informações seguem com mais agilidade e tudo fica registrado no sistema da PMDF.

Como forma de ajudar no controle, é oferecido um modelo de placa, com QR Code e número de cadastro, para que os produtores coloquem na porta ou em outros locais da propriedade. O custo corre por conta de quem vai produzir a placa.

Comunicação aprimorada

“Fazemos o georreferenciamento da propriedade no cadastro, e o morador, ao ligar na central, só precisa informar o número da placa, pois temos as rotas definidas”, explica o subcomandante do 3º Batalhão de Polícia Rural, capitão Emerson Roberto Araújo.

Na fase inicial, os serviços de vigilância rural em Santa Maria contemplam mais de 20 propriedades, número que tende a aumentar, com a adesão dos moradores ao programa. As organizações acionam o Batalhão Rural, que faz palestra de sensibilização e ajuda a criar um grupo de Whatsapp para facilitar a comunicação.

O capitão Emerson lembra que a principal vantagem do programa é o mapeamento das propriedades, já que, muitas vezes, os moradores  vão solicitar apoio pelo telefone 190 e não conseguem explicar o endereço. “Às vezes, nem CEP tem”, comenta. “Então, para a polícia atender o chamado mais rapidamente, é preciso um ponto de referência – e no campo não é possível ter”.

Pessoas interessadas podem se inscrever na associação de moradores ou no conselho comunitário da região. Para participar, o morador não deve ter antecedentes criminais, e a área de sua propriedade precisa contar com bom cercamento. “Queremos uma cidade segura e bem- protegida, e essa interação com a polícia é fundamental”, avalia a administradora de Santa Maria, Marileide Romão.

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Criminalidade vai diminuir

O líder comunitário Raimundo Rocha solicitou a inclusão da cidade nas ações  do batalhão porque, segundo conta, são constantes os furtos da produção rural. “Já conhecia o programa em outras cidades e busquei trazer a Santa Maria”, diz. “Com as placas na porta, tenho a certeza que [o programa] vai coibir ações desses criminosos”.

Dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontam que, no comparativo com 2019, houve queda nos registros de roubo em chácaras, sítios ou fazendas em todo o DF no primeiro semestre.

De janeiro a junho deste ano, foram registradas 27 ocorrências, contra 35 no mesmo período do ano passado. Análises consolidadas de 2019 e de 2018, por sua vez, sinalizam redução de 12,5% nessas ocorrências: 63 em 2019 contra 72 no ano anterior.