31/07/2020 às 08:01, atualizado em 31/07/2020 às 15:15

Obras de drenagem vão preparar Lago Sul para as chuvas

Nos últimos seis meses, Novacap investiu R$ 6,5 milhões em construção e manutenção de redes de escoamento pluvial pelo DF. Chegou a vez da QL 14

Por Ary Filgueira, da Agência Brasília | Edição: Fábio Góis

Falta de escoamento é um dos problemas sazonais que atingem a pista principal do Lago Sul | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal aproveita a atual temporada de seca e, com a devida antecedência, prepara as cidades para o próximo período chuvoso. A ideia é fazer com que as chuvas – normalmente um alívio para o brasiliense após meses de estiagem prolongada – não se transformem em tormenta.

E o GDF não poupa esforços nesse sentido. Nos últimos seis meses, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) investiu R$ 6,5 milhões em construção e manutenção de redes de drenagem pluvial, que são essenciais para evitar enchentes no período de chuvas.

[Olho texto=”“A obra que o GDF realizará vem sendo pedida pela população há pelo menos uma década”” assinatura=”Sérgio Antunes Lemos, diretor de Urbanização da Novacap” esquerda_direita_centro=”centro”]

O investimento abrangeu várias localidades do Distrito Federal. Nesta semana, a Novacap publicou mais uma licitação para execução de redes de drenagem pluvial. Desta vez os beneficiados serão moradores, trabalhadores e visitantes dos conjuntos 1, 2, 3 e 4 da QL 14 do Lago Sul.

De acordo com quem mora ou transita pela região, quando chove a pista principal que interliga esses conjuntos – a Estrada Parque Dom Bosco (EPDB) – fica praticamente intransitável, de tanta água acumulada. Além disso, a água escorre toda para dentro das ruas internas, chegando a empossar no fim dos conjuntos.

Pedido antigo

Mas a situação é ainda pior para quem trabalha na região e, por isso, precisa recorrer ao transporte público. “É um sufoco pegar ônibus. Tenho de ficar atrás da parada para não tomar um banho. Mas não tenho como me livrar de molhar os meus pés, porque a água vem até a canela”, relata Claudineia Alves da Silva, 60 anos, que trabalha em um escritório de advocacia no Conjunto 2 da QL 14.

Em tempos de chuva, água escorre pelas ruas internas e formam grandes poças no fim dos conjuntos | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Segundo o administrador do Lago Sul, Rubens Santoro Neto, a obra de drenagem é um pedido antigo da comunidade. Ele conta que a área da QL 14 recebe grande parte da captação de águas pluviais da região adjacente. A rede de captação atual é deficiente, o que explica os alagamentos formados durante a estação chuvosa, responsáveis pelos diversos transtornos causados a quem usa a EPDB.

“A obra que o GDF realizará vem sendo pedida pela população há pelo menos uma década. E o governador Ibaneis Rocha sempre esteve sensível à necessidade urgente de solução, que agora será dada ao problema”, reconhece ele.

A Novacap tem trabalhado dia e noite para deixar a cidade preparada para o período de chuvas e, consequentemente, evitar cenas de alagamento exibidas em governos passados. Enquanto a QL 14 do Lago Sul se prepara para receber mais essa benfeitoria, outras cidades já dispõem de um sistema de drenagem mais eficiente.

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É o caso de Gama, Santa Maria, Park Way, Taguatinga, Asa Norte, Lago Norte, Varjão, Octogonal, Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), Sobradinho I e II, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia, Águas Claras, Vicente Pires, Candogolândia, Guará I e II, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo, Ceilândia e Brazlândia. Já são 26 as regiões administrativas mais preparadas para receber as chuvas, número que só cresce.

Nessas cidades, a Seção de Manutenção de Redes de Drenagem (Semad) da Novacap desobstruiu, reconstruiu ou construiu mais de 15,7 quilômetros de redes de drenagem, 3.252 bocas de lobo e 1.021 poços de visita (PV’s), importantes estruturas de captação de águas pluviais.

Para o diretor de Urbanização da Novacap, Sérgio Antunes Lemos, a obra não é somente importante em razão de sua eficácia em períodos de chuva, mas também porque mexe com o bem-estar dos moradores. “Visa melhorar o IDH da cidade, pois [a ocorrência de] menos enchentes ajuda na qualidade de vida dos moradores destas regiões”, analisa o gestor, referindo-se ao Índice de Desenvolvimento Humano.