07/09/2020 às 13:02, atualizado em 08/09/2020 às 17:31

MI 7 do Lago Norte ganha cerca de 2 km de asfalto novo 

Recuperação é realizada entre os conjuntos 4 e 5. Pavimentação original, da década de 1960, estava em má condição

Por Rosi Araújo, da Agência Brasília | Edição: Renato Ferraz

O asfalto da MI 7, conjunto 4/ 5, do Lago Norte, é original: sim, desde a criação do setor, na década de 60, nunca fora recuperado. Com mais de 50 anos, a pavimentação no local está em péssimo estado. Para melhorar a condições de tráfego, o governo está recapeando aproximadamente 1,6km da pista. As obras, realizadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), se iniciaram na semana passada e têm previsão de conclusão em 60 dias. Cerca de R$ 550 mil são investidos na ação, que vai beneficiar diretamente centenas de famílias.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Segundo a companhia, os serviços devem consumir 885 toneladas de massa asfáltica – e serão realizados com mão de obra e equipamentos próprios. A empreitada deve reunir pelo menos 20 servidores e vários equipamentos pesados, como vibroacabadoras, rolo compressores, caminhão-pipa, caminhões-basculantes trucados e caminhão-rosco. 

“Este trabalho está sendo feito em diversos pontos do Distrito Federal e estão dentro de um planejamento que tem como objetivo facilitar o deslocamento da população’’, explicou o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite.

Havia 15 anos que os moradores pediam, quase imploravam, o recapeamento da área. O tabelião Allan Guerra, 52 anos, é morador da quadra há 16 anos. Desde que chegou, ele afirma, nunca houve qualquer melhoria. “Às vezes, tinha um serviço de tapa-buraco, mas não era suficiente. A sensação era de abandono do poder público e vergonha”, afirmou.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Allan Guerra disse que é notório uma diferença na presença do Estado no DF. “Ando bastante pelas cidade, e não é só no Lago Norte que vemos obras e pessoas trabalhando. Posso confirmar que o governo está próximo e atuante”.

O administrador  do Lago Norte, Marcelo Ferreira, esclareceu que essa demanda era uma prioridade, porque vai  melhorar o trânsito da região, valorizar e proporcionar, ainda, uma área de lazer onde os habitantes poderão usar para caminhar, andar de patins e bicicleta.  

“Aqui temos mais de 900 moradores; a benfeitoria só demonstra a preocupação do governo em atender as necessidades da população, principalmente as mais antigas. Considero como abandonadas, mas estamos resgatando”, relata o administrador.


Península Norte
Segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2018, realizada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), o Lago Norte tem mais de 37 mil habitantes, 14 zonas rurais e vários pontos turísticos.

O início da ocupação da Península Norte, onde está a quadra MI 7, ocorreu entre 1960 e 1965, a partir do projeto urbanístico elaborado pela Novacap, para o Setor Habitacional Individual Norte (SHIN) e o Setor de Mansões do Lago Norte (SML).

As primeiras edificações foram o Clube do Congresso, a QL 16, e as QI 2, 4 e 6. Na década de 1970, a Fundação Educacional disponibilizou aos professores o financiamento de lotes, pouco valorizados pela falta de atrativos no SHIN. Assim, entre 1975 a 1982 a ocupação da Península Norte se consolidou.