10/09/2020 às 15:21, atualizado em 11/09/2020 às 10:31

Restaurantes comunitários serviram mais de 4,7 mi de refeições

Samambaia, Planaltina e Ceilândia tiveram as maiores demandas em agosto. Cada um teve entrega superior a 50 mil marmitas

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

O DF tem hoje 14 restaurantes comunitários que oferecem refeições ao custo de R$ 1,00. | Foto: Divulgação

De janeiro a agosto deste ano, os 14 restaurantes comunitários do DF entregaram mais de 4,7 milhões de refeições. Nesse total estão incluídas as marmitas oferecidas à população em risco social a partir de março, quando as unidades suspenderam atendimento presencial e passaram a entregar número ilimitado de quentinhas, como forma de evitar aglomeração e a disseminação do novo coronavírus.

Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (9) pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), os restaurantes comunitários mais demandados no último mês foram o de Samambaia, que entregou 56.544 marmitas; o de Planaltina, 55.196; o de Ceilândia, 52.788; o do Riacho Fundo II, 49.743; e a unidade de Brazlândia, que distribuiu 43.245 quentinhas em agosto.

“Os dados comprovam que, mesmo durante a pandemia, nossas unidades não pararam e mantiveram o atendimento à população em situação de vulnerabilidade social. Mostra que a estratégia de entregar número não limitado de marmitas foi acertada. Com as quentinhas, o usuário pode levar a quantidade adequada para alimentar a família, e ainda comprar refeições para amigos e vizinhos”, ressalta a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Karla Lisboa

O Distrito Federal tem 14 Restaurantes Comunitários que oferecem as refeições, ao custo de R$ 1,00. O serviço de segurança alimentar e nutricional do DF garante, principalmente, aos trabalhadores de baixa renda e à população em situação de vulnerabilidade social, acesso a alimentação adequada, sempre respeitando as características culturais e hábitos alimentares da região.

População em situação de rua

Um dos destaques foi o aumento da oferta de refeições para a população em situação de rua do DF. Desde o dia 5 de junho, quando foi publicado decreto nº 4.854 do governador Ibaneis Rocha autorizando a entrega gratuita de marmitas a essa população durante a pandemia da Covid-19, o número de marmitas saltou de 49, em junho, para 752, em agosto. Um aumento de 1.500% em três meses. No total, foram entregues aos moradores em situação de rua 1.115 quentinhas.

“Houve um aumento na oferta de refeições para essa população porque também houve mais divulgação do serviço nesses três meses, graças ao apoio das equipes de Abordagem Social. Essa é mais uma ação da Sedes para ampliar a segurança alimentar e nutricional voltada para esse público”, ponderou a subsecretária.

Cerca de 1.800 pessoas que estão em situação de rua do DF, acompanhadas pela equipe de Abordagem Social da Sedes, podem retirar suas refeições, de forma gratuita, em qualquer restaurante comunitário da cidade. Uma lista com os nomes dessas pessoas, que estão inscritas no Sistema Integrado de Desenvolvimento Social (SIDS) da Sedes, foi disponibilizada em cada restaurante.

De acordo com o levantamento da Sedes, os restaurantes comunitários que mais entregaram marmitas à população em situação de rua no último mês foram o do Gama (273), Santa Maria (256) e Sobradinho (161).

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Alojamentos provisórios

Em relação às refeições oferecidas aos moradores em situação de rua que estão acolhidos nos dois alojamentos provisórios da Sedes, no Plano Piloto e em Ceilândia, de maio a junho, foram entregues, no total, 152.930 refeições.

No caso dos alojamentos temporários montados para atender a essa população durante a pandemia da Covid-19, os acolhidos recebem, diariamente, três refeições – café da manhã, almoço e jantar.

“O cardápio servido tanto nos restaurantes comunitários quanto nos alojamentos provisórios oferece alimentos nutricionalmente adequados que garantem segurança alimentar e nutricional à população mais vulnerável do DF e em risco social. No caso da população em situação de rua, que está naturalmente mais exposta, essas refeições resgatam a dignidade e têm um papel fundamental, já que, muitas vezes, é a única refeição que ele vai fazer no dia”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.

*Com informações da Sedes