22/09/2020 às 11:46, atualizado em 22/09/2020 às 12:56

Novidade: ‘Guia da Rota Arquitetônica Acessível’

Fruto de parceria entre Embratur, Setur e Unidade Nacional de Acessibilidade, projeto faz da capital federal referência em acessibilidade turística

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

Patrimônio Cultural da Humanidade e reconhecida pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como “Cidade Criativa do Design”, Brasília acaba de ganhar mais um destaque: o Guia da Rota Arquitetônica de Turismo Acessível, criado para contemplar o público formado por pessoas com deficiência (PcDs).

O lançamento do programa foi nesta segunda-feira (21), na Casa de Chá (Praça dos Três Poderes), durante cerimônia pelo Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, celebrado em 21 de setembro. É o Governo do Distrito Federal (GDF) na linha de largada para um programa de grande abrangência.

“É a primeira rota mapeada de turismo arquitetônico acessível, de forma a oferecer um serviço com a descrição necessária para que o trajeto seja feito com comodidade e segurança pela pessoa com deficiência”, explica a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça.

[Olho texto=”“É a primeira rota mapeada de turismo arquitetônico acessível, de forma a oferecer um serviço com a descrição necessária para que o trajeto seja feito com comodidade e segurança pela pessoa com deficiência”” assinatura=” Vanessa Mendonça, secretária de Turismo” esquerda_direita_centro=”centro”]

Grande caminhada

Presente à cerimônia, a titular da Secretaria Extraordinária de Pessoas com Deficiência, Rosinha da Adefal, destacou:  “Mesmo sem dar os passos com os pés, a união de forças em prol desse projeto vai resultar em uma grande caminhada. Esse primeiro passo é essencial para despertar o interesse ao superar a falta de preparo para acolher o turista com deficiência”. Rosinha coordena, em sua pasta, o programa DF Inclusivo.

[Olho texto=”“Esse primeiro passo é essencial para despertar o interesse ao superar a falta de preparo para acolher o turista com deficiência”” assinatura=” Rosinha da Adefal, titular da Secretaria Extraordinária de Pessoas com Deficiência” esquerda_direita_centro=”centro”]

Durante o evento, quem também ressaltou a importância da inclusão como ação prioritária foi a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani: “Falo hoje, acima de tudo, como cidadã. Temos 650 mil pessoas no Distrito Federal com algum tipo de deficiência, e o que percebemos é que, com pequenas intervenções, grandes mudanças já são promovidas junto a essas pessoas, que merecem nossa atenção e respeito”.

[Olho texto=”“Temos 650 mil pessoas no Distrito Federal com algum tipo de deficiência, e o que percebemos é que, com pequenas intervenções, grandes mudanças já são promovidas junto a essas pessoas, que merecem nossa atenção e respeito”” assinatura=” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”centro”]

Mapeamento da cidade

Para execução do projeto de turismo acessível, foi formado um grupo de trabalho composto por técnicos da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), da Secretaria de Turismo (Setur) e da Unidade Nacional de Acessibilidade (UNA). Entre as ações, as equipes trabalharam no mapeamento – por meio de quadrantes logísticos – dos locais que, até então, o turista com deficiência não conseguia visitar.

Já estão disponíveis, para esse público, seis atrativos do eixo central de Brasília: Memorial JK, Planetário, Torre de TV, Museu Nacional Honestino Guimarães, Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida e a célebre Praça dos Três Poderes, onde está localizada a Casa de Chá, que abriga o Centro de Atendimento ao Turista (CAT).

“Estamos trabalhando com o que temos”, pontuou a atleta paraolímpica Andrea Ponte, presidente da UMA. “Não está sendo criado acesso novo, mas as rotas para pessoas com mobilidade reduzida facilitam ao máximo o turismo”.

[Olho texto=”“Não está sendo criado acesso novo, mas as rotas para pessoas com mobilidade reduzida facilitam ao máximo o turismo” ” assinatura=” Andrea Ponte, atleta paraolímpica e presidente da Unidade Nacional de Acessibilidade (UMA) ” esquerda_direita_centro=”centro”]
Andrea lembrou que Brasília tem duas unidades da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação – referência no atendimento de vítimas de politraumatismos e problemas locomotores – que trazem um grande fluxo de pessoas com mobilidade reduzida à capital. Esse público, frisou, já pode acessar os principais monumentos da cidade.

| Foto: Divulgação/Setur

Projeto abrangente

“É um momento histórico, uma vez que estamos estabelecendo um marco metodológico para implementar esse projeto em todo o território nacional, baseado nas experiências desta primeira rota em Brasília”, valoriza o coordenador de inteligência competitiva e mercadológica da Embratur, Gentil Venâncio. “Nossa responsabilidade para incluir os turistas com deficiência é maior do que nós podemos imaginar.”

[Olho texto=”“Nossa responsabilidade para incluir os turistas com deficiência é maior do que nós podemos imaginar” ” assinatura=” Gentil Venâncio, coordenador de inteligência competitiva e mercadológica da Embratur” esquerda_direita_centro=”centro”]

O Guia da Rota Arquitetônica de Turismo Acessível também poderá ser acompanhado pelo site da Setur, pelo celular e por meio do Google Maps, onde todas as demarcações estarão disponíveis. Outro recurso permitido será a impressão do folder de orientações, quando estiver disponível na web.

Edital abre caminhos

Ainda na segunda-feira (21), a Setur publicou, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), um edital destinado à pesquisa pública sobre a oferta turística da capital, com foco no público com deficiências e/ou mobilidade reduzida.

A publicação amplia os caminhos para que, conforme ressalta a secretária Vanessa Mendonça, Brasília se consolide como uma referência nacional em turismo acessível. A iniciativa ajuda a integrar propostas desenvolvidas tanto pelo GDF quanto pelo governo federal.

 

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* Com informações da Setur-DF