03/11/2020 às 17:38, atualizado em 03/11/2020 às 17:41

Caixa d´água garante fornecimento durante manutenção na rede

Caesb reforça a importância da instalação do equipamento nos imóveis do DF

Por Agência Brasília * | Edição: Fábio Góis

A água que sai das estações de tratamento e bombeamento do DF percorre uma longa distância até chegar à casa dos usuários – a rede de abastecimento da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) tem uma extensão de 9,3 mil quilômetros. Para que tudo funcione perfeitamente, é necessário realizar manutenção neste caminho constantemente. Por isso, a Caesb lembra que o fornecimento pode ser interrompido, momentaneamente, para garantir a segurança do sistema e dos trabalhadores. E, nesse sentido, quem não tem caixa d’água instalada no imóvel pode ficar sem abastecimento por até 24 horas.

[Numeralha titulo_grande=”9,3 mil km” texto=”tem a rede de abastecimento do DF” esquerda_direita_centro=”centro”]

Coordenador de Manutenção de Redes de Água Oeste da Caesb, Valdir Jose Viana reforça a importância de instalação de caixa d’água tanto em residências quanto nos comércios e indústrias em geral. “Por lei, toda unidade usuária deve contar com reservação de volume mínimo correspondente ao consumo médio diário. A caixa d’água é uma reserva essencial, que garante o abastecimento do imóvel em ocasiões em que o abastecimento é suspenso devido a serviços de manutenção corretiva [quando há rompimento de rede], manutenções preventivas [intervenções para evitar problemas] ou melhoria do sistema distribuidor de água [obras para expansão de redes, interligações e/ou instalações de equipamentos e válvulas de controle]”, explica Valdir.

A Caesb garante que todos esses serviços sejam feitos da forma mais rápida, justamente para minimizar a suspensão do fornecimento de água. Valdir Viana explica que “além da proposta de reserva de água que a caixa d’água possibilita, ela contribui para a estabilidade do sistema distribuidor, possibilitando um melhor controle de pressão das redes de distribuição por meio de válvula redutora de pressão”.

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“Nos horários de pico de consumo, os clientes vão usar inicialmente o volume armazenado nas caixas d’água. A reposição desse volume ocorrerá de forma gradativa”, acrescenta o coordenador.

Para adquirir uma caixa d’água adequada ao imóvel, usuários podem se orientar na hora da compra seguindo uma conta simples. Em média, cada pessoa consome 100 litros de água por dia. Para chegar ao resultado, basta multiplicar esses 100 litros pelo número de pessoas no imóvel. Por exemplo: um reservatório de 500 litros é suficiente para abastecer uma família de cinco pessoas em um período de 24 horas.

A Caesb informa que a reserva de volume mínimo correspondente ao consumo médio diário, em cada unidade usuária, consta do artigo 50 da Resolução nº 14, da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa), de 27 de outubro de 2011. O dispositivo estabelece as condições da prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Distrito Federal. A norma reforça ainda que o usuário é responsável por limpeza e desinfecção da instalação predial de água e do reservatório predial antes da ligação definitiva – e, posteriormente, por limpeza e desinfecção semestral do reservatório.

Limpeza da caixa d’água

A limpeza da caixa d’água é essencial para garantir um ambiente adequado e livre de bactérias. A contaminação da água põe em risco a saúde e pode provocar vários tipos de doença.

O período ideal para a execução desse serviço é na chegada do frio, quando há queda das temperaturas e, consequentemente, redução no consumo. O ideal é fazer limpeza e higienização do reservatório domiciliar a cada seis meses.

A limpeza é simples e não precisa ser feita por empresa especializada. Abaixo, confira as dicas da Caesb sobre como manter a caixa d’água sempre limpa e bem tampada. Os materiais básicos para a limpeza da caixa d’água são: balde, pá de plástico, vassoura, panos limpos, água sanitária, luvas, botas de borracha e óculos de proteção.

? Primeiro, feche o registro de entrada da caixa d’água ou bloqueie a boia, utilizando uma corda pequena ou fita adesiva;

? Esvazie a caixa d’água utilizando a água no consumo diário;

? Tampe a saída da água, localizada no fundo da caixa, utilizando um pano. A providência impede que a água utilizada na limpeza escoe para dentro da tubulação;

? Execute a limpeza das paredes e do fundo da caixa d’água com vassoura, ou esfregando as superfícies com buchas de pano;

? Esgote toda a água utilizada na limpeza e, em seguida, seque a caixa;

? Dilua um litro de água sanitária em 5 litros de água para cada mil litros de capacidade da caixa d’água;

? Aguarde cerca de 30 minutos para concluir a limpeza enxaguando a caixa com água limpa e, em seguida, retirando a água utilizada na limpeza final;

? Finalize o procedimento abrindo o registro de entrada de água ou liberando a boia para encher a caixa normalmente;

? Recoloque a tampa e verifique se a peça está adequadamente fixada, de modo a evitar a entrada de sujeira e insetos;

? Anote em etiqueta adesiva a data de execução da limpeza da caixa e fixe-a na parte externa do equipamento;

? Recomenda-se a limpeza da caixa d’água a cada seis meses, o que garante a potabilidade da água fornecida pela Caesb.

Algumas dicas na manutenção da sua caixa d’água

• Tampe bem a sua caixa de água. Por questão de saúde pública, elas devem estar bem tampadas para que não sirvam como criadouro de mosquito e, assim, não contribuam para surtos de dengue. No verão, o Aedes aegypti procura água limpa e parada para se reproduzir.

• O que fazer se a tampa for danificada: tal peça é essencial para garantir a qualidade da água, especialmente para que ela não se misture com a chuva. A tampa original deve ser trocada, isoladamente, caso quebre ou trinque.

• Como comprar outra tampa: meça a largura e, de preferência, escolha uma da mesma marca da caixa d’água original. Assim a peça encaixará melhor no equipamento e a água não correrá risco de contaminação por animais, insetos ou pela água da chuva – que em muitas vezes parece estar limpa, mas pode conter poluentes (a chamada chuva ácida).

 

* Com informações da Caesb