21/11/2020 às 13:24, atualizado em 21/11/2020 às 13:45

Famílias unidas pelo Taguaparque

Em parceria com a administração local, voluntários plantam mudas e reforçam os cuidados com o meio ambiente, valorizando o espaço público

Por Emanuelle Coelho, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Mariana Vieira, com a família: “É uma forma que encontramos para cuidar do parque e demonstrar o carinho que temos pelo espaço que estamos sempre usando” | Fotos: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

A manhã ensolarada deste sábado (21) inspirou muitas famílias a se reunirem no Taguaparque em torno de uma missão: cuidar do meio ambiente que compõe os 95 hectares de um dos espaços públicos mais apreciados pela população local.

Em ação apoiada pela Administração Regional de Taguatinga, dezenas de voluntários se reuniram para semear árvores. E trabalharam com afinco: só no período da manhã, foram abertas aproximadamente 400 covas. A meta é plantar mil árvores no parque durante esse período de chuvas.

[Numeralha titulo_grande=”400 covas ” texto=”foram abertas para plantio. Meta é chegar a mil árvores” esquerda_direita_centro=”centro”]

Melhor para todos

Para o administrador de Taguatinga, Bispo Renato Andrade, esse trabalho espontâneo demonstra o amor da comunidade pelo local. “O plantio de árvores frutíferas tem a simbologia de fazer do Taguaparque um grande pomar”, destaca. “Queremos fazer dele um ambiente mais agradável para nossa população, e precisamos reconhecer o trabalho desses voluntários. Sem eles não conseguiríamos fazer isso”.

A servidora pública Mariana Vieira, 40 anos, estava entre os voluntários que participaram do plantio, juntamente com os filhos Cecília, de 4 anos; Níkolas, de 10 e Igor, de 12. “Moro perto e costumamos vir aqui para andar de bicicleta”, contou. “Essa é uma forma que encontramos para cuidar do parque e demonstrar o carinho que temos pelo espaço que estamos sempre usando”.

As mudas plantadas são oriundas do Viveiro do Taguaparque – criado recentemente pela administração regional em parceira com a comunidade, que cuida do local. “Ainda não temos mudas em tamanho ideal para plantio”, explica a advogada Mayara Coelho, 30 anos, coordenadora do Grupo de Voluntários do Viveiro do Taguaparque. “Para esse plantio, contamos com o apoio dos viveiros de Águas Claras, Lago Norte e também do projeto Pé de Planta, de Ceilândia”.

Manutenção constante

O trabalho é contínuo. Após o plantio das mudas, os voluntários permanecem cuidando delas. “Observamos as necessidades, plantamos e cuidamos”, relata Mayara. Os encontros acontecem nos sábados, às 15h, e às quartas-feiras, às 9h. É nesses horários que o grupo verifica as necessidades das mudas plantadas: se estão doentes, se precisam ser regadas ou receber adubo.

A comerciante Rosa Coalho, 58 anos, é voluntária do Viveiro do Parque de Águas Claras, um dos que colaboraram com as mudas que estão sendo plantadas. “Nosso intuito é que cresçam grupos como os nossos em outros parques”, diz. “Essa ação é importante porque estamos ajudando não somente os parques, mas também o meio ambiente e o planeta”.

[Olho texto=”“Nosso intuito é que cresçam grupos como os nossos em outros parques”” assinatura=”Rosa Coalho, voluntária do Viveiro do Parque Águas Claras” esquerda_direita_centro=”centro”]

Além do plantio de árvores, o Taguaparque vem recebendo outros benefícios. Atualmente há reformas nos banheiros, com reparos internos, troca de portas e manutenção nas redes elétricas e hidráulicas. Também foram feitos consertos nos bancos, mesas e churrasqueiras.

Com recursos da Administração Regional de Taguatinga, os serviços são executados por meio de uma parceria que tem se revelado bem-sucedida. Além dos servidores da administração, trabalham nessas obras socioeducandos da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), ligada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

A limpeza também é outro ponto de destaque. Somente na semana passada, foram retiradas sete toneladas de entulho do parque. Também foram feitas podas e roçagem.