05/12/2020 às 21:02, atualizado em 06/12/2020 às 14:04

Museu da Memória Candanga recebe Orquestra Marafreboi

Criado em 2007, o grupo dedicado aos ritmos populares nordestinos teve apoio do FAC do DF para gravar seu primeiro DVD

Por Agência Brasília | Edição: Mônica Pedroso

Gravação do DVD teve museu da Secretaria de Cultura como cenário | Foto: Marina Gadelha / Secec

Sem público, mas com a presença marcante do maracatu, frevo e boi-bumbá. Foi assim que o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) recebeu, neste sábado (5), a gravação do primeiro DVD da Orquestra Popular Marafreboi. O equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) seguiu todos os critérios de segurança sanitária, mantendo distanciamento social, para promover o evento que representa manifestações culturais tradicionais de Pernambuco.

Pernambucano de Serra Talhada, o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues prestigiou a ação. “Estamos passando por uma fase jamais imaginável, com essa pandemia. Tenho muito orgulho não só dos artistas do movimento cultural, mas também da nossa equipe, que está fazendo de tudo para manter a cultura viva”, disse o titular da pasta, à caráter com a blusa do grupo musical.

[Olho texto=”Gostaria de parabenizar a Secretara de Cultura pela realização do DVD da Orquestra Marafreboi, que continua trabalhando pela música brasileira” assinatura=”Mestre Formiga” esquerda_direita_centro=””]

Reconhecida por ser a única orquestra do Centro-Oeste com foco nas matrizes musicais da cultura popular, a Orquestra Popular Marafreboi, criada em 2007, pelo Maestro pernambucano Fabiano Medeiros, movimenta, desde então, o calendário carnavalesco da cidade e diverte foliões por onde passa com seus ritmos: maracatu, ciranda, caboclinho, xote, baião e muito frevo.  “Esse é um projeto de salvaguarda da memória dos povos que vieram construir a capital, porque tocamos música genuinamente brasileira. Sem o apoio da Secretaria e do Museu Vivo, que recebeu primeiramente toda essa gente, não conseguiríamos avançar”, agradeceu o líder do grupo.

Primeiro DVD da Orquestra Popular Mafreboi foi gravado no Museu Vivo da Memória Candanga e com apoio da Secretaria de Culltura do DF | Fotos: Marina Gadelha / Secec

A gravação do DVD

O projeto foi realizado e produzido pelo Beco da Coruja Produções e Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade, e contou com recursos do edital FAC Regionalizado, do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. “É uma honra ter conseguido gravar esse DVD, com o apoio do FAC, da Secretaria de Cultura e do Museu Vivo da Memória Candanga, num ano tão diferente. É um projeto que fortalece a cultura popular e vem pra coroar essa trajetória de 12 anos da orquestra”, testemunha, com alegria, a produtora Lorena Oliveira, que já realizou turnês e festivais com o grupo.

Com lançamento previsto para fevereiro de 2021, durante o período de carnaval, o DVD composto por doze faixas contará, para além dos dezoito músicos profissionais e dez bailarinos que compõem a Orquestra, com a participação de convidados especiais. É o caso do Maestro Ademir Araújo, popularmente conhecido como Mestre Formiga.

“Gostaria de parabenizar a Secretara de Cultura pela realização do DVD da Orquestra Marafreboi, que continua trabalhando pela música brasileira. Que outros projetos como esse surjam em Brasília, promovendo a educação musical. Estamos precisando muito disso”, alegou o mestre, grande referência da cultura pernambucana.

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Participaram também as cantoras Cristiane Visentin (MG) e Sàh Santos (GO), e do cantor Ed Carlos, outro pernambucano que veio especialmente para a gravação. “A Orquestra Marafreboi faz parte da minha história. Estou sempre com eles nos eventos, nas ações pernambucanas. Esse projeto só celebra ainda mais a nossa música, o nosso frevo, a nossa vida” disse o cantor, que está no Guinness Book como o maior intérprete de frevo do Brasil.

Igualmente pernambucano, da capital Recife, o Secretário-Executivo da Secec, Carlos Alberto Junior, também acompanhou o evento. Feliz em poder oferecer a gravação no MVMC e, assim, continuar fomentando a cultura local, ele parabenizou a manifestação cultural de seu estado. “Esse projeto do FAC celebra a multiplicidade da cultura do DF, da qual a Marafreboi é um dos ícones”, festejou.

Museu Vivo da Memória Candanga

Dedicado a manter viva a tradição e cultura trazidas pelos candangos na construção de Brasília, o Museu Vivo da Memória Candanga foi inaugurado no dia 26 de abril de 1990. Instalado nas dependências do extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, o espaço conta com um acervo composto tanto pelas edificações históricas quanto pelos objetos de uso cotidiano dos candangos.

Localizado entre o Núcleo Bandeirante e Candangolândia, o Museu Vivo é composto por uma alameda de casas de madeira coloridas, que remete a uma cidade do interior, e um bosque de árvores frutíferas que aconchega o visitante protegendo-o do sol, do descampado e do concreto da cidade.

Os objetos, fotos e curiosidades sobre a construção de Brasília foram organizados na exposição permanente “Poeira, Lona e Concreto”, que narra a história de Brasília desde sua construção até sua inauguração, em 1960.

Serviço

Sexta-feira a Domingo, das 10h às 16h00 (provisoriamente, enquanto durar a pandemia).

Lote D Setor Juscelino Kubistchek, CEP: 71739-020 Núcleo Bandeirante, Brasília-DF.

Telefone: (61) 3301-6641<tel:(61)%203301-6641>, para dúvidas.

E-mail: mvmc@cultura.df.gov.br

Site: www.cultura.df.gov.br/mvmc/<http://www.cultura.df.gov.br/mvmc/>

Facebook: Museu Vivo da Memória Candanga

Instagram: @museuvivodamemoriacandanga

Acessibilidade: Rampas de acesso para cadeirantes. Maquete com sons em 3 línguas.

Estacionamento: Gratuito.

Como chegar: Todas as linhas de transporte que percorrem a EPNB sentido EPIA.

*Com informações da Secec