12/12/2020 às 10:37, atualizado em 12/12/2020 às 11:46

Visitadoras do Criança Feliz são premiadas

As profissionais foram agraciadas com o Prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia

Por Agência Brasília * I Edição: Carolina Jardon

O Prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia, organizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e a Fundação Bernard van Leer, valoriza os profissionais que criaram estratégias para manter o apoio às famílias com crianças na primeira infância.

Duas visitadoras do programa Criança Feliz Brasiliense venceram a competição. A certificação nacional foi criada para valorizar as práticas que garantiram a continuidade do atendimento dos programas de visitação domiciliar adaptados nesse período de isolamento social.

Os visitadores são responsáveis por manter esse contato com a comunidade das regiões administrativas para estimular o desenvolvimento infantil e fortalecimento das famílias que têm crianças entre zero e seis anos de idade.

O objetivo do prêmio, organizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e a Bernard Van Leer Foundation, é valorizar os profissionais que criaram estratégias e adaptaram soluções seguras para apoiar as famílias, tais como visitas por telefone, vídeo chamadas ou visitas com a manutenção do distanciamento social e entrega de materiais para as famílias.

Em Brasília, foram selecionadas as visitadoras do Criança Feliz Brasiliense, Domingas Pereira Rabelo, de 28 anos, e Edna Firmino da Silva Marcena, de 40 anos. Elas receberam a premiação de R$ 3 mil cada uma, como reconhecimento nacional do trabalho realizado com as famílias atendidas pelo programa durante a pandemia.

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A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, destaca que esse ano, em razão da pandemia, diversas áreas foram desafiadas a buscar alternativas para dar continuidade aos atendimentos sociais, e a equipe do Criança Feliz Brasiliense rapidamente conseguiu estabelecer novas rotinas de trabalho.

“A premiação destaca a dimensão do programa Criança Feliz Brasiliense. Essas profissionais contribuíram para o aprimoramento das práticas de pais e cuidadores, em especial, nesse período de isolamento social, que exigiu maior atenção com as crianças de zero a seis anos. Trazer esse prêmio para o Distrito Federal é um reconhecimento importante e mostra o compromisso da nossa gestão para o desenvolvimento infantil”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.

No projeto enviado à entidade, Domingas Pereira conta que, nesse período, atendeu 34 famílias que tinham crianças na primeira infância e gestantes, moradores da Região Administrativa de Santa Maria. O atendimento foi realizado por meio remoto, por telefone fixo ou celular, chamadas de vídeo ou acompanhamento por mensagens de Whatsapp.

“Procurei a melhor forma de realizar as visitas, por meio da escuta atenta e esclarecida, informando que o objetivo das visitas de forma remota era para a proteção e cuidado da saúde de todos os integrantes da família devido à pandemia. O engajamento das famílias foi imediato”, conta Domingas. “O retorno foi tão bom que eles me cobravam as ligações. Às vezes, quando passava um pouco do horário, porque estava em outro atendimento, eles me perguntavam. As famílias faziam as atividades direitinho, pediam orientações sobre benefícios sociais”.

“Sou muito grata por ter recebido esse prêmio. Com o dinheiro, vou comprar um computador para aprimorar meu trabalho”, destaca a visitadora, que é formada em enfermagem.

“As famílias experimentaram alguns dramas durante a pandemia, e tinham no programa um refúgio, porque muitas dessas famílias queriam apenas uma pessoa para ouvir seus relatos, ter uma comunicação mais próxima que desse para elas uma segurança. Foi um privilégio participar disso como visitadora”, relata Edna Firmina, que atendia 31 famílias em Ceilândia.

“Durante a pandemia, nosso atendimento se tornou remoto. Me comunicava com elas pelo Whatsapp, tinha retornos maravilhosos. As famílias pediam para não parar de fazer esse atendimento com elas. Me senti muito honrada mesmo”, ressalta.

Para a secretaria-executiva do Comitê Gestor do Criança Feliz Brasiliense, Fernanda Monteiro, o fato de as visitadoras receberem esse prêmio mostra que, mesmo durante a pandemia da Covid-19, foi possível garantir o acompanhamento das famílias atendidas pelo Criança Feliz. “Mesmo de longe, elas conseguiram manter essa interação, não deixaram as atividades parar, conseguiram manter o vínculo conquisto ao longo desse um ano de atendimento”, comemora.

Prêmio

O Prêmio Parentalidade: boas práticas de visitadores na pandemia selecionou 100 iniciativas de profissionais, entre agentes comunitários de saúde, agentes de desenvolvimento infantil e visitadores domiciliares, que tem a visitação domiciliar como atividade principal no seu processo de trabalho, oferecendo apoio aos pais e cuidadores, promovendo o desenvolvimento infantil e oferecendo estímulos à criança.

Para participar, o profissional precisava estar vinculado formalmente aos programas de visitação domiciliar em instituições públicas, de órgãos municipais, estaduais ou federais. A adesão é voluntária, e coube a cada profissional apresentar o seu projeto.

Para saber mais sobre o prêmio e a lista de vencedores, acesse.

Criança Feliz Brasiliense

O foco do programa Criança Feliz Brasiliense é a atenção e o apoio à família, fortalecimento de vínculos e estímulo ao desenvolvimento infantil, tendo como público-alvo famílias com gestantes e crianças com até seis anos ou 72 meses de vida inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, por 24 meses, prorrogável pelo mesmo período.

Lançado pelo GDF em 2019, o programa vem acompanhando 1,6 mil crianças e mães neste ano. A expectativa é chegar a 3,2 mil beneficiários em 2021 com o novo contrato.

O programa vem sendo desenvolvido nas regiões de maior vulnerabilidade social do DF: Paranoá, São Sebastião, Itapoã, Varjão, Brazlândia, Fercal, Sobradinho, Planaltina, Ceilândia, Estrutural, Taguatinga, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Recanto das Emas e Santa Maria.

* Com informações da Sedes