23/12/2020 às 16:43, atualizado em 23/12/2020 às 21:36

SLU aumenta volume de tratamento do chorume

Adasa concede autorização para serviços de purificação do líquido que resulta da decomposição do lixo. Além da produção diária, passivo será tratado

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

A nova permissão só foi autorizada depois de importantes melhorias no processo de tratamento do chorume, pelo SLU | Foto: Divulgação: SLU

A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) concedeu nova outorga permitindo ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU) ampliar a quantidade de efluente de chorume tratado no Rio Melchior. Até então, a outorga concedida no início deste ano permitia tratar até 1.293 m³ de chorume por dia. Com essa nova decisão, publicada no início desta semana, o SLU vai poder tratar 2.210 m³ por dia.

Atualmente, no Aterro Sanitário de Brasília, existe uma estação de tratamento de chorume operado pela empresa Hydros Soluções Ambientais, conforme contrato regular assinado no final de outubro deste ano. A contratação já previa essa ampliação de capacidade, que vai permitir ao SLU tratar o chorume diário produzido no aterro em épocas de estiagem e de chuva, assim como o passivo de chorume armazenado nas lagoas construídas no local.

De acordo com a gerente de aterros do SLU, Andrea Almeida, a nova permissão só foi autorizada depois de importantes melhorias no processo de tratamento do chorume. “Como melhoramos o padrão de tratamento, nos foi permitido lançar um volume maior, o que não vai causar impacto ambiental”, explicou.

Atualmente, no Aterro Sanitário de Brasília, existem dez lagoas que armazenam cerca de 48 mil m³ de chorume. Esse volume representa parte do chorume tratado diariamente, que precisa passar por um processo de decantação, mas também um passivo que foi gerado após a suspensão do tratamento pela Caesb, em maio do ano passado. Até uma contratação emergencial, o chorume foi armazenado em lagoas.

“Hoje estamos com uma margem de armazenamento muito boa. O passivo tem diminuído, então o risco de vazamento é mínimo. Não vou dizer que não existe, porque toda atividade existe risco, mas o que a gente passou nas chuvas passadas jamais vai se repetir. Primeiro porque nós temos um contrato que permite tratar tudo o que tiver de chuva e um contrato que permite tratar o passivo. Com essa outorga, vamos terminar de sanar todos os problemas que a gente tinha com o passivo acumulado”, afirmou a gerente do SLU.

*Com informações do SLU