12/01/2021 às 08:41, atualizado em 12/01/2021 às 08:47

190 adolescentes do Sistema Socioeducativo se inscreveram para o Enem

As provas serão aplicadas dentro de sete das nove unidades de internação do Distrito Federal

Por Agência Brasília * I Edição: Carolina Jardon

Nos próximos dias 23 e 24 de fevereiro, 190 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação, vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade e Jovens sob medida Socioeducativa (Enem PPL). As provas serão aplicadas dentro de sete das nove unidades de internação do Distrito Federal.

Até a data do teste, as equipes da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) oferecem oficinas de estudo para auxiliar na preparação dos estudantes. Em cada local, um responsável pedagógico acompanha todos os trâmites dos adolescentes, desde a inscrição no exame, encerrada no dia 18 de dezembro, até o ingresso no curso superior dos que alcançarem a pontuação necessária.

“Todo adolescente tem direito à educação. Isso significa que nós temos o dever de preparar aqueles que estão no Sistema Socioeducativo em seu processo de formação, inclusive, oferecendo a oportunidade de ingressarem em um curso superior”, afirmou a secretária Marcela Passamani.

Criado em 2010, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Enem PPL democratizou o exame e representou uma grande conquista para os adolescentes privados de liberdade, que passaram a contar com mais uma oportunidade de qualificação e preparação para o mercado de trabalho. O nível de dificuldade das provas é o mesmo do exame regular, porém com a particularidade da aplicação dentro das unidades de internação.

Sistema

A Sejus coordena as políticas de ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei no DF. Na sua estrutura, a Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis) é a área responsável pela administração geral das 30 unidades orgânicas de atendimento aos adolescentes, sendo nove de internação, seis de semiliberdade e 15 de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida. O DF tem 3.000 adolescentes no sistema, em cumprimento de medidas de meio aberto, internação e semiliberdade.

Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus)