21/01/2021 às 13:27, atualizado em 21/01/2021 às 15:36

Mais 60 leitos para tratamento de Covid-19

Com recursos de R$ 10,4 milhões, Hospital de Campanha de Ceilândia gerou dezenas de empregos e terá 280 profissionais temporários para atendimento

Por Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

Recém-inaugurada, a unidade já funciona com estrutura para atender a população | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Preparado para enfrentar uma possível segunda onda de casos do novo coronavírus (Covid-19), o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou, nesta quinta-feira (21), o Hospital de Campanha de Ceilândia, na QNN 27 da cidade. Foram investidos R$ 10,4 milhões na construção da unidade, que conta com 40 leitos de enfermaria e 20 de suporte respiratório, totalizando 60 leitos para o tratamento da doença.

O hospital já está em funcionamento e trata os primeiros 19 pacientes no local. A nova unidade ocupa uma área de aproximadamente 22.900 m² e fica ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia. A obra, executada pela Contarpp Engenharia Ltda, gerou dezenas de empregos.

[Numeralha titulo_grande=”22.900 m²” texto=”Área aproximada do hospital, que já está em funcionamento” esquerda_direita_centro=”centro”]

Para atender a população, o hospital de campanha conta com 280 profissionais de saúde temporários. A lista inclui 20 médicos, 41 enfermeiros, 160 técnicos de enfermagem e também nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, farmacêuticos bioquímicos e técnicos administrativos.

Esses profissionais dispõem de instrumentos utilizados em outro hospital de campanha, o do Mané Garrincha – este, por sua vez, já desativado. O contrato feito para a unidade no estádio Mané Garrincha estabeleceu que bens e equipamentos ficariam como legado e seriam incorporados ao patrimônio da Secretaria de Saúde (SES) assim que as atividades por lá fossem encerradas.

 

“Esse hospital inicia como de campanha, mas segue como definitivo para a população de Ceilândia e de todo o DF”, destaca o governador Ibaneis Rocha. “Não podemos esquecer também que o hospital de Ceilândia foi ampliado e reformado. Nós estamos reconstruindo a saúde no Distrito Federal. Tenho certeza que vamos entregar uma saúde bem melhor para a população”. Ceilândia, informa o governador, também ganhará uma nova UPA e mais uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS).

[Olho texto=”“Nós estamos reconstruindo a saúde no Distrito Federal. Tenho certeza que vamos entregar uma saúde bem melhor para a população”” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”centro”]

Diferença dos leitos

Os leitos do Hospital de Campanha de Ceilândia se dividem entre os de enfermaria e os de suporte respiratório. Os de enfermaria são destinados à internação de pacientes estáveis, não críticos, que não necessitam de cuidados intensivos. Já leitos com suporte ventilatório possuem ainda outros equipamentos de monitoramento do quadro clínico do paciente.

Atualmente, a SES administra 273 leitos com suporte de ventilação mecânica, e o hospital de campanha de Ceilândia terá mais 20 leitos com a mesma capacidade. No auge da pandemia, o DF alcançou 761 leitos com suporte ventilatório mobilizados, entre próprios e contratados. Para uso, foram disponibilizados 715, contemplando 188 unidades de cuidados intermediários (UCIs) e 527 unidades de terapia intensiva (UTIs).

Em 8 de agosto de 2020, o DF atingiu o número máximo de leitos ocupados: 532. Destes, 392 eram de UTI e 140 de UCI.  Na capital, o primeiro caso de contaminação por Covid-19 foi confirmado em 7 de março do ano passado. Antes mesmo dessa confirmação, o GDF trabalhou para tratar os pacientes – à época, um andar inteiro do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi disponibilizado. No decorrer de 2020, outras unidades abrigaram pacientes de Covid-19 e hospitais de campanha foram construídos, como o do Mané Garrincha e o da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) – este último segue em funcionamento.

Vacinação no DF

Em dois dias, a imunização já atingiu mais de 7 mil pessoas. A campanha de vacinação contra a Covid-19 começou no DF pelo Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência no tratamento de Covid-19. O público-alvo da primeira fase é formado pelos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia.

São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas que atuam nas UTIs, profissionais administrativos que fazem a ficha de atendimento dos pacientes, vigilantes, profissionais de limpeza que trabalham em hospitais e UBSs, servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), bombeiros que atendem no pré-hospitalar, profissionais da Atenção Primária que recebem pacientes com sintomas respiratórios, idosos acima de 60 anos e deficientes que vivem em instituições de acolhimento ou asilos e seus cuidadores, além da população indígena.

A imunização para os demais integrantes dos públicos-alvo previstos no Plano Operacional de Vacinação Contra a Covid-19 no DF começará assim que a SES receber mais doses da vacina. A pasta divulgará a informação em tempo hábil.

Ao todo, o DF recebeu 106.160 vacinas, que imunizarão 53.080 pessoas em duas etapas administradas no intervalo de 14 a 28 dias. Segundo a SES, até o momento, 7.409 pessoas foram vacinadas no DF. Os dados são da atualização feita às 19h30 de quinta-feira (20).

[Numeralha titulo_grande=”53.080″ texto=”pessoas serão imunizadas, em duas etapas, na primeira fase de vacinação do DF” esquerda_direita_centro=”centro”]

A pasta reforça a recomendação de que a população não procure as unidades de vacinação, porque, neste momento, será imunizado somente o público-alvo da primeira fase. Mais informações sobre a vacinação no DF podem ser obtidas no site da SES.