01/02/2021 às 12:40, atualizado em 01/02/2021 às 20:41

Avançam as obras de sete novas UPAs

Iges-DF paga construtoras e negocia débitos. Com recursos de R$ 46 milhões, trabalhos estão gerando 1,7 mil empregos

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges) pagou, na última semana, mais R$ 713 mil a empresas responsáveis pela construção de sete novas unidades de pronto atendimento (UPAs). Também foram negociados os débitos com as construtoras para quitação em cinco meses, a contar desse primeiro pagamento. É mais um passo para que as obras não sejam paralisadas e a comunidade receba o mais rápido possível essas edificações.

O custo estimado das sete novas UPAs, incluindo equipamentos, é de pouco mais de R$ 46 milhões, recursos a serem repassados pela Secretaria de Saúde (SES). Até o momento, de acordo com relatório da Diretoria de Administração e Logística do Iges-DF, foram pagos quase R$ 10 milhões do total estimado.

[Numeralha titulo_grande=” R$ 46 milhões ” texto=”Custo estimado das obras das sete novas UPAs” esquerda_direita_centro=”centro”]

A previsão é entregar as obras ainda no primeiro semestre deste ano. “Trabalhamos com esse calendário”, informa o presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva. “Houve atraso no cronograma inicial de entrega por conta da pandemia da Covid-19. Tivemos de remanejar recursos para fortalecer as ações e os atendimentos à população no combate ao coronavírus. Evitamos muitas mortes com isso”.

[Olho texto=”“Tivemos de remanejar recursos para fortalecer as ações e os atendimentos à população no combate ao coronavírus. Evitamos muitas mortes com isso” ” assinatura=”Paulo Ricardo Silva, presidente do Iges-DF” esquerda_direita_centro=”centro”]

Relatório de execução 

No último relatório público do Iges-DF sobre a construção das UPAs, apresentado em 14 de janeiro, a situação apontava que quatro das sete unidades haviam chegado à metade das obras previstas. São as UPAs de Ceilândia (53%), do Paranoá (52%), do Riacho Fundo II (48%) e de Brazlândia (48%).

A pandemia e a queda na produção de material de construção em todo o país afetaram o ritmo das obras das unidades no Gama (36%), em Vicente Pires (22%) e em Planaltina (18%). A expectativa é que o cenário daqui para frente seja melhor, tanto no combate à pandemia quanto no setor de material de construção.

Ampliação da rede

Atualmente a rede pública de saúde do DF conta com seis UPAs, que funcionam em regime de 24 horas em Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho.

A meta é chegar a 13 unidades ainda em 2021, com a conclusão das sete UPAs que estão sendo construídas pelo Iges-DF. Ao todo, essas obras estão gerando 1,7 mil empregos.

[Numeralha titulo_grande=”1,7 mil” texto=”empregos estão sendo gerados” esquerda_direita_centro=”centro”]

Somadas, as novas unidades vão ocupar 1,2 mil metros quadrados e terão 63 leitos, sendo 42 de observação, 14 de emergência e sete de isolamento. Cada UPA terá seis leitos de observação, dois de emergência e um de isolamento. Com essa estrutura, cada unidade poderá atender 4,5 mil pessoas ao mês, ou seja, juntas vão realizar mais de 31 mil atendimentos mensalmente.

As unidades terão área para classificação de risco e primeiro atendimento, consultórios e salas de urgência, de observação e de isolamento. Também haverá um espaço, com nove poltronas, para aplicação de medicação, reidratação e inalação.

Atendimento

Entre janeiro e outubro do ano passado, 261.748 pacientes passaram pela triagem (classificação de risco) nas seis UPAs administradas pelo Iges — Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho —, segundo informação do DataSUS, que reúne dados do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os atendimentos médicos nessas UPAs aumentaram 78% em relação a 2019. Também entre janeiro e outubro de 2020, foram 366.741 mil atendimentos médicos, contra 206 mil no ano retrasado.

“[O aumento no número de atendimentos] é consequência de investimentos em estrutura física, recursos humanos, organização dos fluxos de atendimento e gestão de insumos”, pontua o presidente do Iges-DF.

* Com informações do Iges-DF