06/02/2021 às 15:27, atualizado em 23/04/2024 às 13:40

Pedestres transitam por becos melhores e mais seguros

Obras também são feitas no Gama, na Ceilândia e em Sobradinho. Reeducandos do Programa Mãos Dadas formam mão-de-obra utilizada

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

A passagem entre os blocos G e H da quadra 8 do Cruzeiro Velho era sinônimo de insegurança para os moradores da cidade. Além de calçadas quebradas e o risco de cair, a comunidade era obrigada a conviver com mato alto e o medo de animais, atraídos pelo lixo e entulho jogados irregularmente no local. “Já apareceu até cobra”, conta Adriana Alves, 34 anos, moradora da cidade há 23 anos.

Depois de duas semanas em obras, a população ganhou uma nova realidade naquela quadra, que passou por reforma. Outros 20 endereços na cidade também estão na lista para receber melhorias. Uma ação conjunta da Administração Regional do Cruzeiro, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) está dando uma geral nos becos do Cruzeiro Velho, que servem de passagem entre um bloco e outro.

[Olho texto=”A passagem ali era muito ruim, com calçadas quebradas, mato alto. Dava medo passar no beco por causa de assalto” assinatura=”Adriana Alves, moradora do Cruzeiro” esquerda_direita_centro=”direita”]

As ações incluem substituição do piso e retirada do mato, que muitas vezes tomava conta da passagem. No beco da quadra 8, por exemplo, não havia sequer calçada. Agora, placas de cimento foram colocadas lado a lado, para permitir o tráfego seguro de pedestres no local. Nas laterais dos passeios foi colocada brita para permitir a impermeabilização do solo.

Para os moradores, a obra é um presente. Adriana Alves conta que o espaço não recebia melhorias há 18 anos. ”A passagem ali era muito ruim, com calçadas quebradas, mato alto. Dava medo passar no beco por causa de assalto. E ele é muito usado porque dá acesso a uma rua onde passa ônibus”, diz.

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As obras são feitas com recursos próprios. O material foi doado pela Novacap e a mão de obra é dos reeducandos do programa Mãos Dadas da Seape. Seis deles trabalham na fabricação das placas de cimento, produzidas na Novacap, e oito na instalação do material, que é coberto com massa asfáltica para ser fixado no solo. De acordo com a Seape, dois becos serão feitos por semana e as obras também são feitas no Gama, na Ceilândia e em Sobradinho.