17/02/2021 às 15:56, atualizado em 17/02/2021 às 16:11

Ao comprar peixes, atente para todos os detalhes do produto

Procon reforça fiscalização e orienta sobre pescados, que têm grande procura nesta época do ano

Por Rafael Secunho, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

O DF ocupa a terceira posição no país em consumo de peixes, depois de Rio de Janeiro e São Paulo | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Passado o feriado de carnaval, nesta quarta-feira de cinzas (17), começa a quaresma. Nos 40 dias que antecedem a Páscoa, muitas pessoas cortam o consumo da carne vermelha.  Começa aí a grande procura por peixes – e é prudente o consumidor ficar atento aos preços e à qualidade dos produtos.

[Olho texto=”“Nossos fiscais estarão em distribuidoras, peixarias, supermercados, mercados e minimercados, avaliando todas as condições desses produtos”” assinatura=”Marcelo Nascimento, diretor-geral do Procon” esquerda_direita_centro=”direita”]

O Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios e Frutas do DF (Sindigêneros) prevê para 2021 um aumento de pelo menos 30% na venda de peixes nesta época. E, na Semana Santa, essa estimativa dobra. Com a alta demanda, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), órgão vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), reforça a fiscalização.

De acordo com o diretor-geral do Procon, Marcelo Nascimento, já estão programadas operações específicas para a temporada. “Faremos uma ação nos comércios de pescados e ovos de Páscoa”, informa. “Nossos fiscais estarão em distribuidoras, peixarias, supermercados, mercados e minimercados, avaliando todas as condições desses produtos”.

Pesquisa de preços

A alta nos preços, alerta o gestor, já é esperada. De qualquer forma, procurar preços mais razoáveis ainda é o melhor caminho. “Não tem jeito, é pesquisar bastante em mercados e peixarias”, orienta ele. “Aqui no DF, o preço pode variar muito, dependendo da Região Administrativa”.

[Olho texto=”Multas por irregularidades variam de R$ 600 a R$ 10 milhões” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O órgão de fiscalização também recomenda que o consumidor observe as condições higiênico-sanitárias do estabelecimento. “Pescados com a data de validade vencida, armazenados com a temperatura inadequada e sem qualquer condição de higiene ainda são muito encontrados”, lembra o diretor-geral do Procon.

Marcelo explica que os fiscais do Procon, bem como os da Vigilância Sanitária, verificam não só a qualidade dos produtos, mas também a documentação. “Em alguns casos, fazemos a interdição e multa”, aponta. “Os valores podem variar de R$ 600 a até R$ 10 milhões, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor”.

Consumo alto

Membro da diretoria do Sindigêneros e gerente de uma indústria de pescados em Brasília, Renato Guimarães ressalta que o DF é o terceiro maior consumidor de peixes do país, atrás somente do Rio de Janeiro e de São Paulo. Espécies como o tambaqui, a tilápia e o pintado, além do tradicional bacalhau, são os mais procurados, segundo ele.

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Guimarães avalia que a temporada é de aquecimento do mercado. “A expectativa é boa, apesar da pandemia, que diminui o poder de compra”, afirma. “Temos clientes que aumentaram os pedidos de 300 kg para 500 kg para a próxima semana. Mas é preciso oferecer um peixe com qualidade e armazenar de maneira correta. Alguns de nossos pescados, vamos buscar no Mato Grosso”.

Olho vivo

O consumidor que encontrar irregularidades pode fazer a denúncia pelo  telefone 151,  pelo e-mail 151@procon.df.gov.br ou pelo telefone 160, da Vigilância Sanitária.