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01/03/2021 às 10:21, atualizado em 04/03/2021 às 13:16
Projeto Mulheres Hipercriativas, da Secretaria da Mulher e da OEI, oferecem 4 mil vagas para mulheres do Distrito Federal
O projeto Mulheres Hipercriativas abre, nesta segunda-feira (1º de março), as inscrições para os primeiros 22 cursos na área de economia criativa, que serão oferecidos ao longo deste semestre. As capacitações somam-se às iniciativas do mês que marca o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. São quatro mil vagas, voltadas para mulheres moradoras do Distrito Federal, em prol do empreendedorismo feminino.
Os cursos são gratuitos e as inscrições podem ser feitas pelo site do projeto até o dia 14 de março. Uma live, com a presença da Secretária da Mulher do DF, Ericka Filippelli, e da Supervisora de Projetos da OEI Brasil, Sandra Sérgio, será realizada hoje, às 17h, para apresentar os cursos abertos e tirar dúvidas sobre como participar. O bate-papo será transmitido pelo YouTube da Secretaria da Mulher DF.
“O projeto Mulheres Hipercriativas já nasceu de uma forma extraordinária, pois é resultado do fortalecimento de uma rede de mulheres empreendedoras. Foram selecionadas as melhores propostas de cursos dentro da área da economia criativa, que serão oferecidos gratuitamente. Mesmo durante a pandemia, essas mulheres poderão se capacitar em casa, de forma segura, desenvolverem seus talentos e sua criatividade em um mercado de trabalho extremamente promissor”, avalia a secretária Ericka Filippelli.
Serão oferecidos cursos de comunicação (marketing, multimídia, organização de eventos); moda; gastronomia; design gráfico e de produtos; além de gestão empreendedora dentre outras atividades. As oficinas terão 40, 20 ou 10 horas de duração. Podem fazer as aulas tanto quem deseja começar um novo projeto quanto quem busca aperfeiçoar o próprio negócio, com novas técnicas.
“A expectativa é proporcionar oportunidade de inserção no mercado de trabalho a mulheres que desejam atuar de forma profissional, obtendo certificações e uma formação adequada, podendo ter também uma fonte de renda para que consigam amenizar o impacto econômico gerado pela pandemia e até mesmo tornarem-se empreendedoras. Esse é o grande legado que o Mulheres Hipercriativas quer deixar”, afirma o diretor e chefe da representação da OEI no Brasil, Raphael Callou.
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Os cursos serão ministrados por professoras-facilitadoras, em geral, empreendedoras do DF que desenvolvem alguma atividade bem-sucedida e que agora terão oportunidade de compartilhar seus conhecimentos com outras mulheres, interessadas em empreender ou desenvolver uma nova habilidade. As professoras receberam treinamento específico por meio da coordenação pedagógica do projeto Mulheres Hipercriativas para repassar o conteúdo da capacitação na modalidade a distância – EAD.
Ana Maria Neves, 56 anos, é uma das professoras selecionadas. Ela vai dar um curso de organização de eventos, o mesmo conteúdo que um dia aprendeu em oficinas oferecidas pela Secretaria da Mulher. Sem trabalho, obrigada a sustentar sozinha a família, foi se capacitar e participou de oficinas gratuitas, em diversas áreas, oferecidas na casa de passagem da SMDF, onde estava abrigada. Hoje dá palestras, dá cursos de oratórias, organiza festas e é massoterapeuta.
Agora, ela quer retribuir o que aprendeu e se inscreveu no projeto Hipercriativas. Foi selecionada e não vê a hora de ensinar outras mulheres, pois sabe que, somente por meio da autonomia financeira, elas podem fazer escolhas da própria vida. “Quero mostrar a elas que todas podem ter uma profissão, ter um emprego e ganhar o próprio dinheiro. Além de ensinar o que aprendi, quero ensiná-las que elas não podem ter só de si mesmas e precisam ser fortes”, defende.
Esta é a primeira edição do Mulheres Hipercriativas, uma realização da Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) e da Secretaria de Estado da Mulher do Governo do Distrito Federal e conta com o apoio da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.
O projeto também tem a parceria de gestoras públicas, líderes comunitárias e empresárias do DF que atuarão de forma voluntária como embaixadoras. A ideia é que essas mulheres, já consolidadas no meio profissional, sejam exemplos e motivem as alunas hipercriativas ao compartilhar suas histórias, bem como ensinar e trocar experiência no ramo em que são especialistas.
* Com informações da Secretaria da Mulher