03/03/2021 às 20:12, atualizado em 04/03/2021 às 11:48

Como orientar a população em situação de rua

Em entrevista à rádio Bandeirantes, secretária Mayara Rocha sugere que a população não dê esmola nas ruas mas peça ajuda à assistência social

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Já parou para pensar que, quando você faz uma doação, estimula aquela pessoa a seguir pedindo na rua? A secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, destacou justamente essa questão durante entrevista ao programa Gente Cidade, da Bandnews FM, nesta quarta-feira (3).

[Olho texto=”“O mais importante é que a sociedade leve informações a esse público” ” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”]

“A doação é a maneira mais rápida e fácil de ficar com a consequência tranquila, mas deixa o dever como cidadão em segundo plano”, analisa Mayara. Segundo a gestora, a doação para instituições sociais sérias – algumas são parceiras do GDF e podem ser encontradas no site da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) – ou durante campanhas governamentais é a maneira mais correta.

Além disso, saber orientar a pessoa a buscar os meios socioassistenciais é fundamental. Entre esses recursos, destacou a secretária, estão os dois centros Pop (Plano Piloto e Taguatinga), que ampliaram o horário de funcionamento. As unidades passam a atender de domingo a segunda-feira, das 7h às 18h, inclusive em feriados e pontos facultativos. “O mais importante é que a sociedade leve essa e outras informações a esse público”, pontua Mayara.

Política socioassistencial

Tanto na unidade da QNF 24 A/E nº 02 Módulo A, em Taguatinga, quanto da na SGAS 903, Conjunto C, do Plano Piloto, os frequentadores podem fazer refeições e lanches ao longo do dia. Além disso, nesses lugares, a equipe de especialistas analisa cada caso com o objetivo da ampla inserção desses cidadãos na política socioassistencial.

A titular da Sedes lembra que é preciso orientar a população em situação de rua sobre o funcionamento dos 14 restaurantes comunitários do DF, que fornecem alimentação saudável, de qualidade e gratuita para quem não tem onde morar. Por questões de segurança e higiene, esses equipamentos estão restritos à venda de marmitas, das 11h às 14h, não sendo permitida a permanência nos refeitórios.

Outra informação é que o Alojamento Provisório de Ceilândia prorrogou contrato e segue em funcionamento para mais três meses. Os encaminhamentos podem ser feitos pelos números 3773-7566 ou 3773-7612.  O DF tem uma população de cerca de 2,2 mil pessoas em situação de rua. De acordo com a gestora, a pasta recebe muitas demandas para retirada compulsória delas das vias públicas. “Primeiro, vale deixar claro que a Sedes não faz isso”, enfatiza.

[Numeralha titulo_grande=”2,2 mil ” texto=”pessoas vivem em situação de rua no DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Se o cidadão estiver em situação de drogadição ou de criminalidade, existem políticas públicas de saúde e de segurança para esses tipos de intervenções”, explica. “Se ele apenas está lá sem oferecer risco a si e à comunidade, o Estado vai oferecer acolhimento, mas ele tem o direito de recusar.”

Atendimento

Os atendimentos dos serviços das 27 unidades do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) continuam disponível, sendo realizados sem filas graças ao modelo de agendamento on-line que permite marcar as visitas com segurança para servidores e usuários.

Tudo é feito com hora marcada, e cada assistente social recebe um beneficiário de cada vez, em uma sala equipada com proteção de acrílico entre o atendente e o usuário. O cidadão precisa ligar para ao telefone 156 ou acessar o site da Sedes e solicitar o agendamento.

Outras unidades de assistência, como as 11 do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) e as demais 43 voltadas ao acolhimento institucional, seguem normalmente, com encaminhamento prévio feito pelo Cras.

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*Com informações da Sedes