07/03/2021 às 14:38, atualizado em 08/03/2021 às 10:53

Menos de 10% de acidentes fatais tinham mulheres ao volante

No ano passado, elas representaram 18% do número de mortes nas vias do DF. Diretor do Detran parabeniza o público feminino pelo cuidado ao conduzir

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

Elas representam 40% dos condutores habilitados no DF, mas têm participação mínima nos acidentes | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Por ocasião do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) elaborou o boletim informativo Mulheres no Trânsito, que traz dados sobre o envolvimento de pessoas do sexo feminino em acidentes com morte nas vias do DF.

[Olho texto=”“Nossos parabéns às mulheres, que têm demonstrado um cuidado especial ao conduzir veículos em nossas vias” ” assinatura=”Zélio Maia, diretor-geral do Detran” esquerda_direita_centro=”direita”]

Os dados apontam que em 9% dos acidentes fatais ocorridos em 2020, o veículo era conduzido por uma mulher: dos 265 condutores envolvidos em acidentes que resultaram em morte, 23 eram mulheres, 228 eram homens e outros 14 não foram identificados.

Considerando as 23 condutoras envolvidas em ocorrências fatais em 2020, o boletim aponta que seis delas (26%) tinham entre 20 e 29 anos, sete (30%) morreram, outras sete (30%) ficaram feridas e nove (60%) escaparam ilesas. A maior parte dessas mulheres (70%) estava ao volante.

“Nossos parabéns às mulheres, que têm demonstrado um cuidado especial ao conduzir veículos em nossas vias”, comemora o diretor-geral do Detran, Zélio Maia. Ele destaca que, mesmo representando 40% do total de condutores habilitados no DF, o público feminino registra participação mínima em ocorrências fatais.

Mortes no trânsito

Em 2020, 177 pessoas perderam a vida no trânsito, sendo 18% delas (32) do sexo feminino: 14 passageiras, 11 pedestres, duas ciclistas, uma motociclista e quatro condutoras de outros veículos. A maioria das mortes (20) ocorreu em rodovias federais e distritais, enquanto 12 foram registradas em vias urbanas – que são as vias internas das cidades.

“Nós trabalhamos com o objetivo de que nenhuma pessoa perca a vida no trânsito, mas já é motivo de comemoração saber que o número de mulheres mortas nas vias do DF caiu de 52, em 2019, para 32, em 2020 – uma redução de quase 40%”, ressalta Zélio Maia.

[Olho texto=”Das 177 pessoas que perderam a vida no trânsito em 2020 no DF, apenas 32 eram mulheres” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Entre as mulheres mortas no trânsito em 2020, 22% tinham entre 40 e 49 anos e 44% eram passageiras. O período da noite, entre as 18h e as 23h59, apresentou 13 acidentes (41%), sendo a maioria (4) no domingo. O tipo de acidente que mais vitimou as mulheres no ano passado foi colisão, seguido por atropelamento de pedestres e choque com objeto fixo.

Ações de segurança

Sob a perspectiva da participação das mulheres como vítimas fatais no trânsito, a Gerência de Estatística do Detran também analisou os dados de acidentes ocorridos de 2011 a 2020 – que foi o período estabelecido pela ONU como a 1ª Década Mundial de Ação para a Segurança no Trânsito, com a meta de estabilizar e reduzir a mortalidade por acidentes de trânsito – e nos dez anos anteriores (2001 a 2010).

Para isso, foram comparadas informações acumuladas nos dez anos anteriores ao início da década com os acumulados nos dez anos da 1ª Década Mundial. O quantitativo de mulheres mortas diminuiu de 842 para 629, mas manteve o mesmo percentual em relação ao total de vítimas nas duas décadas (19%).

[Numeralha titulo_grande=”706.772 ” texto=”Número de mulheres habilitadas no Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”direita”]

Entre 2011 e 2020, o ano com maior número de mulheres mortas foi 2014 – 94 vítimas –, e o com o menor número foi 2020, que registrou 32. O atropelamento de pedestres foi a natureza predominante nos acidentes que vitimaram mulheres nas duas décadas, mas reduziu de 47%, nos dez anos anteriores, para 38% na 1ª Década.

Motociclistas

Atualmente, há 706.772 mulheres habilitadas no Distrito Federal, representando 40% do universo de condutores registrados no Detran-DF. Entre elas, 62.731 (9%) possuem habilitação para conduzir motocicletas.

Mesmo representando apenas 9% do total de condutoras, a quantidade de motociclistas mortas aumentou de uma década para a outra, saltando de 13 para 18. Enquanto isso, o número de óbitos de passageiras e pedestres reduziu, caindo de 407 para 256 mulheres mortas por atropelamento e de 329 para 273 passageiras que perderam a vida em acidentes.

 

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*Com informações do Detran