31/03/2021 às 18:58, atualizado em 01/04/2021 às 14:22

Quinze usinas de oxigênio para reforçar abastecimento

Mesmo sem risco de faltar o insumo, unidades serão viabilizadas e ficarão de legado para as unidades de saúde

Por Ian Ferraz, da Agência Brasília | Edição: Renata Lu

Mesmo sem correr risco imediato de desabastecimento de oxigênio na rede pública de saúde, o Governo do Distrito Federal (GDF) tomou providências para ampliar o fornecimento do insumo nos hospitais. Em breve, pretende instalar 15 usinas para alimentar as unidades da Secretaria de Saúde e do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).

[Olho texto=”“Usaremos uma ata de registros de preços para fazer a instalação desses equipamentos de acordo com a necessidade e prioridade das nossas unidades hospitalares. Isso ficará como legado para a Secretaria de Saúde”” assinatura=”Osnei Okumoto, secretário de Saúde do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]

O edital para contratar as obras de instalação das usinas será publicado no Diário Oficial do DF (DODF) nos próximos dias. “Usaremos uma ata de registros de preços para fazer a instalação desses equipamentos de acordo com a necessidade e prioridade das nossas unidades hospitalares. Isso ficará como legado para a Secretaria de Saúde”, afirmou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto (29).

Segundo o gestor, as usinas terão garantia de cerca de 20 anos. “É o prazo de garantia que nos dão de total funcionamento dos equipamentos”, assegurou. De acordo com a Secretária de Saúde, atualmente o DF tem contratado 500 mil m³ de oxigênio líquido por mês e o que vem sendo utilizado pelos hospitais está bem abaixo deste limite. Em fevereiro, por exemplo, foram utilizados 366 mil m³. Em março, esta marca chegou a 300.592 mil m³. Ambas abaixo do valor contratado.

“Essas usinas produzem oxigênio com pureza de 95%, que pode ser usado em leitos de enfermaria. Com as novas usinas, o abastecimento das UTIs fica ainda mais garantido, já que é necessária uma pureza de 99%. Isso vai nos dar uma segurança muito maior e sempre é preciso ressaltar que são equipamentos que ficarão definitivamente na rede pública”,  acrescenta o secretário.

[Olho texto=”“Apesar de os contratos darem uma segurança de que não vai ocorrer interrupção no fornecimento de oxigênio, ainda assim o governador Ibaneis Rocha entendeu por bem construir essas usinas para que, permanecendo nos hospitais, eles se tornem parcialmente suficientes”” assinatura=”Gustavo Rocha, chefe da Casa Civil” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Embora o DF esteja bem assistido na oferta de oxigênio, o governo resolveu tomar providencias para se tornar autossucifiente no futuro. “Apesar de os contratos darem uma segurança de que não vai ocorrer interrupção no fornecimento de oxigênio, ainda assim o governador Ibaneis Rocha entendeu por bem construir essas usinas para que, permanecendo nos hospitais, eles se tornem parcialmente suficientes”, afirma Gustavo Rocha, chefe da Casa Civil.

“Por mais que a Secretaria de Saúde tenha contrato para o fornecimento de oxigênio, sabemos o momento que o Brasil vive e que as empresas podem a vir a não ter oxigênio para fornecer. Então, nada mais natural do que termos as usinas como recursos estratégicos. Em um momento oportuno, lá na frente, podemos vir a reduzir custos com esses contratos”, observa o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez.

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Hospital acoplado em Samambaia

O secretário da Casa Civil também anunciou que o governo local está em vias de iniciar o processo licitatório para execução de uma unidade acoplada ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam), com capacidade para cerca de 70 leitos.

O Banco de Brasília tem reunido as doações da sociedade e de empresários para viabilizar a construção do hospital, em torno de R$ 9 milhões.