18/04/2021 às 13:55, atualizado em 18/04/2021 às 14:04

Acolhido pelo GDF, homem passa os dias à procura da mãe

Com vaga na Casa de Passagem de Taguatinga, ele pede ajuda para reencontrar a família após dez anos de separação, desde o dia em que veio da Bahia

Por AGÊNCIA BRASÍLIA* - EDIÇÃO: FREDDY CHARLSON

Marcelo Santos Alves tinha vínculos com o pai, morto em 2019 / Foto: Divulgação/Sedes

Quando deixou a cidade de Aurelino Leal, na Bahia, junto com o pai, Marcelo Santos Alves, atualmente com 27 anos, não sabia que perderia completamente os laços com sua família. Dez anos após sua partida, ele se encontrou sem moradia e sem o seu único vínculo fraterno, o pai, falecido há cerca de dois anos. A batalha de Marcelo, agora, é para reencontrar a mãe e retomar sua vida ao lado de seus entes queridos.

[Olho texto=”“Aqui, eu encontrei respeito, dignidade e coragem para recomeçar. Desde que perdi meu pai, eu ando vagando sem destino, mas isso está mudando”” assinatura=”Marcelo Santos Alves” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“O nome da minha mãe é Cláudia de Jesus. Eu tenho notícias que ela está no Sul da Bahia, na região de Itacaré ou Ilhéus”, informa o homem, que está acolhido na Casa de Passagem de Taguatinga, uma das três abertas recentemente pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

Depois de fazer busca no Facebook, Marcelo até segue um perfil, o qual acredita ser de sua mãe. Porém, trata-se de uma conta com pouca movimentação e, por esse motivo, ainda não obteve resposta às suas mensagens.

Enquanto tenta estabelecer contato com a mãe, ele segue em uma das 130 vagas de acolhimento disponibilizadas recentemente pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com a abertura dessas novas unidades. “Aqui, eu encontrei respeito, dignidade e coragem para recomeçar. Desde que perdi meu pai, eu ando vagando sem destino, mas isso está mudando”, comemora.

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Em entrevista ao programa Os Cabeças da Notícia, da Rádio Metrópoles 104,1 FM, a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, destacou que as casas de passagem são uma forma digna de oferecer moradia temporária a quem atravessa um momento complicado na vida.

“É um local onde o poder público chega a essas pessoas e mostra o caminho a percorrer para alcançar a autonomia. Dentro dessas unidades, a pessoa tem a oportunidade de mudar sua história, conseguindo dignidade e dando todo o apoio necessário para sair dessa situação de dependência”, ressalta a gestora.

Informações

Quem tiver qualquer informação de Cláudia de Jesus, moradora do sul da Bahia, pode acionar o Instituto Tocar, instituição parceira da Sedes na gestão de algumas das casas de passagem do DF, pelos telefones (61) 99966-6792 / 98172-1901.

*Com informações da Sedes