13/07/2021 às 14:53

Governadores debatem cronograma de vacinas durante fórum

No encontro, GDF, que segue o Programa Nacional de Imunizações, pediu celeridade no processo de vacinação 

Por Lucíola Barbosa, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

A situação sanitária e o processo de vacinação no país foram os principais temas abordados durante o Fórum de Governadores do Brasil, que, na manhã desta terça (13), reuniu 16 representantes de unidades da Federação, entre governadores, vice-governadores e secretários de Saúde, além do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Coordenado pelo chefe do Executivo do Piauí, governador Wellington Dias, o fórum se baseou em seis pontos estratégicos para o desenvolvimento dos temas – entre esses, um cronograma detalhado para tratar dos intervalos na aplicação das vacinas.

Outros assuntos discutidos foram em relação à idade, na perspectiva da vacinação dos adolescentes acima de 12 anos, e a possibilidade do retorno às aulas em agosto, seguindo a realidade de cada município. Uma das metas dos governadores é colocar o Brasil como “um país de baixo risco de pandemia”, anunciou Wellington Dias.

Participante do evento, realizado por meio de videoconferência, o governador em exercício, Paco Britto ressaltou os intervalos das doses das vacinas em uso no Brasil e também falou sobre a estratégia de abertura e as atividades econômicas e educacionais no pós-pandemia.

Intervalos

Paco Britto se baseou nos dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, que determinou um intervalo de 21 dias de aplicação, no caso da Pfizer, entre a primeira e a segunda doses; e, para a vacina da Moderna, 28 dias. Paco Britto mostrou aos participantes um documento da Pfizer no qual consta uma recomendação de 21 dias de intervalo entre as doses.

[Olho texto=”Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mantém a expectativa de imunizar toda a população-alvo até dezembro” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

Ele também citou o Ministério da Saúde da Inglaterra, em relação às vacinas Pfizer e da AstraZeneca, lembrando que a retenção da primeira e da segunda doses é de no máximo oito semanas. “Como estamos querendo terminar a segunda dose [dos professores] no Distrito Federal o mais rápido possível, eu lhe peço [ao ministro Marcelo Queiroga] que leve em conta essas duas recomendações do Ministério da Saúde da Inglaterra e do CDC americano”, disse.

“Estamos seguindo rigorosamente o PNI [Programa Nacional de Imunizações] conforme acordado anteriormente com o ministro”, prosseguiu Paco. “Com essa antecipação da dose, o GDF está pedindo que reduza [o prazo] para que possamos ter, até outubro, de 70 a 80% da população [do DF] imunizada.”

Os governadores cobraram do governo federal uma reunião urgente no âmbito do PNI com orientações para os estados. A expectativa, segundo o ministro Queiroga, é que a população-alvo esteja vacinada com as duas doses até dezembro deste ano.

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Segundo o ministro, julho foi o mês com mais recebimento de doses de vacinas, em torno de 40 milhões. De acordo com dados divulgados na segunda-feira (12) pelo Ministério da Saúde, mais de 30,6 milhões de pessoas receberam a segunda dose ou a dose única de imunizantes da covid-19. Além disso, o país soma 114,4 milhões de doses totais aplicadas. Até o momento, foram distribuídas cerca de 147,3 milhões de vacinas entre todas as unidades da Federação.

Consórcio

Como secretário-executivo do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC), Paco Britto ratificou que a autarquia não fará aquisições da vacina Sputnik V e seguirá o PNI. O Brc é composto pelo Distrito Federal e os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins. O intuito do consórcio é promover o desenvolvimento econômico e social da região, de forma integrada e por meio da cooperação entre as unidades federativas, a fim de tornar a região ainda mais competitiva.