13/08/2021 às 12:27, atualizado em 13/08/2021 às 13:58

Reabertura da Concha Acústica está marcada para o dia 19 de agosto

Haverá uma programação que mistura música clássica, popular, dança e cinema. A entrada é gratuita, mas limitada por conta da pandemia

Por Agência Brasília * I Edição: Carolina Jardon

Dedicada às apresentações artísticas ao ar livre, a Concha Acústica volta a fazer parte do cenário cultural do DF a partir da próxima quinta-feira (19). A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) executou uma reforma de manutenção no valor de R$ 422 mil, e o equipamento cultural ressurge, nesse cenário de retomada presencial, com uma programação que envolve cinema, oficinas e apresentações artísticas dentro do projeto Complexo Cultural Beira Lago, Termo de Fomento celebrado com a Organização da Sociedade Civil (OSC) Amigos do Futuro, no valor de R$ 500 mil, com geração de 25 empregos diretos e 210 indiretos.

Palco consagrado de grandes nomes da música e da arte nacional, como o antológico show da Jovem Guarda, de 1965, que reuniu Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléa, o espaço ganhou melhorias entre março e agosto deste ano.

Para embalar os ritos da reabertura do dia 19, haverá uma programação que mistura música clássica, popular, dança e cinema. A entrada é gratuita, mas limitada por conta do decreto de segurança de retorno presencial aos espaços públicos | Fotos: Divulgação / Secec

O investimento incluiu a pintura completa e regularização das placas de concreto danificadas que compõem o piso; a revitalização do alambrado; pintura das estruturas; instalação de refletores; substituição de vidros e aplicação de película; pintura dos batentes de proteção da guarita; limpeza das lajes; pintura nas faixas do estacionamento; roçagem e reparos hidráulicos/elétricos.

“Dentro da nossa política de reativar os nossos espaços culturais, a Concha Acústica está pronta para a sua reabertura, com uma grande festa e eventos que promovem a cultura e a economia criativa em todo o DF. Teremos de volta esse grande patrimônio da cultura de todo o Distrito Federal”, celebra o secretário Bartolomeu Rodrigues.

Essa é mais uma ação do projeto Brasília, Cidade Patrimônio, da Secec, que investiu, só no primeiro semestre de 2021, R$ 2 milhões em melhorias de equipamentos gestados pela Secec.

“A Secec visualizou a Concha e o MAB abertos e bem-cuidados de volta a fomentar a economia criativa de Brasília. É dessa ideia que nasceu o Complexo Cultural Beira Lago, envolvendo os dois equipamentos públicos”, destaca o secretário-executivo, Carlos Alberto Jr.

No comando do Museu de Arte de Brasília e da Concha Acústica, o gerente Marcelo Gonczarowska considera que a pandemia acabou por mostrar a importância de conservar os espaços de cultura a céu aberto no Distrito Federal.

“A retomada da programação na Concha Acústica é o primeiro passo para a reapropriação desse local pelos brasilienses e pelos turistas. Assim, a Concha forma, com o MAB e os restaurantes da Orla do Lago Paranoá, um novo polo cultural de Brasília”, complementa.

Abertura

O Ballet Mylene Leonardo estará presente na noite da inauguração

Para embalar os ritos da reabertura do dia 19, haverá uma programação que mistura música clássica, popular, dança e cinema. A entrada é gratuita, mas limitada por conta do decreto de segurança de retorno presencial aos espaços públicos.

Todas as medidas sanitárias serão obedecidas. Por essa razão, o limite de público corresponderá a 30% (1.500) da capacidade de 5000 lugares. Os ingressos já podem ser reservados no site oquevemporai.com. As apresentações começam, às 18h30, com os grupos de dança Orbital e o Ballet Mylene Leonardo.

Integrante do Orbital, Luciana Pacheco destaca o entusiasmo da equipe em participar dessa reabertura de um dos espaços mais emblemáticos do DF. “Nesse momento, no meio de tantas dores em função da pandemia, essa reinauguração significa também a possibilidade concreta de levar um respiro e mais leveza para a cidade”, celebra.

Na sequência, o grupo de balé de Santa Maria, Mylene Leonardo, apresentará um número inspirado em vivências nordestinas de raiz, que contempla desde os indígenas da região, o movimento cangaceiro e a literatura de Ariano Suassuna.

“Meu intuito é colocar Santa Maria no mapa em relação à cultura erudita. Nessa oportunidade, com um tema sobre cultura popular erudita brasileira, acredito que conseguirei”, aponta a bailarina Mylene Leonardo.

A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro sobe ao palco numa composição de cordas e bateria de 25 músicos  | Foto: Arquivo / Secec

A noite segue com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro ( OSTNCS), que sobe ao palco numa composição de cordas e bateria de 25 músicos.

A OSTNCS fará um concerto com obras que variam do erudito ao popular, com Mozart, Astor Piazzolla, John Williams e Ennio Morricone. Haverá ainda um destaque para temas da Jovem Guarda com a participação do cantor Fábio Viana.

“Será uma grande emoção para a Orquestra retornar ao palco da Concha Acústica. Temos ótimas recordações das apresentações nos anos 1980, sob a direção do maestro Claudio Santoro. Eram concertos que reuniam milhares de pessoas para ouvir música clássica”, comemora regente da Orquestra, maestro Claudio Cohen.

O filme “O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum, o último filmado no Polo de Cinema e Vídeo Grande Othelo, em 2013, fecha a noite. O longa-metragem de R$ 8,8 milhões recriou uma cidade cenográfica de 15 mil metros quadrados para reconstituir a periferia de Brasília em 1964, num rigor estético e artístico impressionantes. Baseado na obra homônima de Luiz Fernando Emediato, o filme ganhou sete prêmios na Mostra Brasília do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB).

Programação

18h30, Grupo de Dança Orbital

18h40, Balé Mylene Leonardo

19h, OSTNC

20h – Filme: O Outro Lado da Paraíso

Ingressos: oquevemporai.com

Entrada gratuita

Somente serão distribuídos ingressos para 30% da ocupação do espaço

Uso de máscaras será obrigatório

Oficinas

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Com programação que vai até meados de setembro, o Complexo Beira Lago oferece gratuitamente 24 oficinas de capacitação e formação gratuitas nas áreas de arte, história tecnologia, introdução à escultura, desenho, gravura e pintura, dentre outras.

Ao todo, serão 96 horas de ações formativas na Sala Multiuso do MAB. Cada aula será independente, e os interessados podem optar por fazer várias oficinas. As inscrições estão abertas e são feitas por telefone no (61) 3306-1375.

Além disso, o público poderá aproveitar as feiras colaborativas de artesanato, literatura, moda e gastronomia.

20/8 a 22/8 – Circuito de Feiras Colaborativas da área cultural (Artesanato)

27/8 a 29/8 – Circuito de Feiras Colaborativas da área cultural (Literatura)

3/9 a 5/9 – Circuito de Feiras Colaborativas da área cultural (Moda)

10/9 a 12/9 – Circuito de Feiras Colaborativas da área cultural (Gastronomia)

*Com informações da Secretaria da Cultura