12/01/2022 às 19:33

Saúde mental deve ser debatida de forma permanente

Conheça como funciona a rede de cuidado na rede pública e saiba como buscar ajuda

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

No primeiro mês do ano, o tema da saúde mental fica em evidência. Os debates da campanha Janeiro Branco visam alertar e sensibilizar sobre a importância do cuidado com esse aspecto. Mas a diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Vanessa Soublin, defende que o assunto não deve ficar restrito a uma data, mas gerar uma discussão permanente.

“Entendemos que o debate em saúde mental deve se dar ao longo de todo o ano com ações contínuas no cuidado empático e constante, desvinculando a promoção de ações e reflexões a meses específicos”, propõe Vanessa.

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são serviços especializados de saúde mental inseridos na comunidade e funcionam sem a necessidade de encaminhamento | Foto: Luiz Fernando Cândido/Região de Saúde Leste

A diretora elenca que ao longo do ano ocorrem palestras, oficinas, cursos, workshops, grupos terapêuticos, práticas integrativas em saúde, caminhadas, rodas de conversa, entre outras atividades. As diversas ações desenvolvidas pela Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do Distrito Federal serão divulgadas durante o ano para que a população esteja informada sobre como obter atendimento. Acompanhe o #365diasdesaúdemental nas redes sociais da Secretaria de Saúde e fique por dentro dos serviços e das ações realizadas.

Rede de cuidado

[Olho texto=”“Os serviços de Atenção Primária do Distrito Federal são os ordenadores do atendimento e os responsáveis pelo encaminhamento aos demais serviços, quando necessário”” assinatura=”Vanessa Soublin, diretora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]

Vanessa explica que as condições relacionadas à saúde exigem a prestação de serviços adequada ao ciclo de vida da população e a agravos específicos. Dessa forma, o cuidado deve ocorrer por níveis de atenção à saúde – primária, secundária e terciária – com especificidades relacionadas a cada caso.

“A orientação é que o usuário esteja vinculado à unidade básica de saúde (UBS) responsável pelo seu território, pois os serviços de Atenção Primária do Distrito Federal são os ordenadores do atendimento e os responsáveis pelo encaminhamento aos demais serviços, quando necessário”, indica a diretora.

Na UBS a pessoa é avaliada e classificada quanto ao risco psicológico. As equipes generalistas contam com o suporte de profissionais especializados em saúde mental, e o encaminhamento para outros serviços poderá ser realizado, caso necessário, de acordo com a natureza da demanda, mantendo-se o acompanhamento geral de saúde também na Atenção Primária.

Já os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são serviços especializados de saúde mental inseridos na comunidade e funcionam de porta aberta, ou seja, sem a necessidade de encaminhamento. “Esses equipamentos de saúde são destinados a pessoas que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, inclusive do uso de álcool ou drogas”, pontua Vanessa. Saiba aqui onde estão localizados os Caps no DF.

Para situações de crise aguda relacionada a sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais ou abuso de drogas, os usuários deverão ser assistidos nos hospitais gerais ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

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Por fim, a diretora ressalta que o DF conta com um serviço de saúde mental pioneiro em todo o Brasil, o Núcleo de Saúde Mental do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Nusam/Samu), com funcionamento 24h, incluindo finais de semana e feriados.

Criado em 2016, o Nusam é composto por equipe especializada em saúde mental. Os profissionais atendem de forma presencial e a distância, por meio do telefone (192), demandas relacionadas a transtornos psicológicos, como depressão, surto psicótico, além dos casos de tentativas e pensamentos suicidas.

*Com informações da Secretaria de Saúde