04/02/2022 às 17:47, atualizado em 04/02/2022 às 20:53

Em três casas de Samambaia, 100 toneladas de lixo retiradas

Ação durou 15 dias e contou com a participação das equipes do GDF Presente. Medida integra medidas de combate ao mosquito da dengue

Por Catarina Lima, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

Equipe do GDF Presente, em parceria com Administração de Samambaia, realizou a limpeza em três residências identificadas com acúmulo de lixo no quintal. Nos três pontos foram retiradas 100 toneladas de inservíveis, como ferro velho, pedaços de madeira, móveis velhos, entre outras coisas. O material acumulado era um risco para proliferação do mosquito Aedes aegypti e animais peçonhentos como escorpiões e ratos.

Em uma das casas o morador acumulava lixo há mais de 20 anos, e o serviço completo de limpeza do local durou dez dias. Em outra residência, o trabalho de limpeza foi feito pela terceira vez. A responsável pelo Núcleo de Vigilância Ambiental da Administração de Samambaia, Gisele Fernandes Bras disse que antes da limpeza é realizado o trabalho de abordagem do acumulador ou de um parente seu.

“Depois que a residência é limpa, é passado o fumacê, para matar o Aedes aegypti”, diz a responsável pelo Núcleo de Vigilância Ambiental da Administração de Samambaia, Gisele Fernandes Bras | Fotos: Divulgação/GDF Presente

“Essas ações que ocorreram logo nas primeiras semanas do ano vão além da limpeza. É uma iniciativa de cidadania, de pensar que essas pessoas precisam de ajuda e que o governo está aqui para elas”, disse o administrador de Samambaia, Gustavo Ayres.

Em seguida, os reeducandos contratados pela administração iniciam a retirada do material, que segue para descarte em caminhão da Novacap. “Depois que a residência é limpa, é passado o fumacê, para matar o Aedes aegypti, já que nessas casas costumam ter focos do mosquito transmissor da dengue. Também é realizada a desratização”, explicou Gisele.

Reeducandos contratados pela administração atuam na retirada do material, que segue para descarte em caminhão da Novacap

Segundo ela, o ato de acumular geralmente é um distúrbio psicológico que precisa de tratamento. A servidora explicou que para que essas pessoas tenham atendimento é aberto um processo no Sistema Eletrônico de Informação (SEI) do GDF, por meio do qual a pessoa é enviada ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

Werley Neiva de Abreu, morador há 30 anos da quadra 303 de Samambaia, disse que devido ao acúmulo de lixo em uma residência da quadra, houve 17 casos de dengue numa única rua. “Todos os moradores ficaram incomodados e reclamaram. Essa casa foi um dos alvos desta última ação de limpeza”, disse.

Samambaia está entre as regiões administrativas que vai ganhar um papa-entulho. O equipamento está entre os 11 que o Governo do Distrito Federal (GDF) vai instalar este ano, em um investimento total de R$ 3,3 milhões.