14/02/2022 às 16:50, atualizado em 15/02/2022 às 08:09

‘Nós vamos avaliar todos os estudantes’

Em entrevista sobre a volta às aulas, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, fala sobre os principais desafios para o ano letivo de 2022

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

A secretária Hélvia Paranaguá em visita à Escola Classe 11 de Taguatinga nesta segunda-feira (14) | Foto: Mary Leal/SEE

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou, no início do ano letivo no Distrito Federal, que serão aplicadas provas de avaliação diagnóstica a todos os alunos. Em visita a uma unidade de ensino de Taguatinga nesta segunda-feira (14), a secretária afirmou, ainda, que a escola é um ambiente seguro em relação à covid, com o uso obrigatório de máscara e a vacinação de boa parte dos estudantes. Confira abaixo a entrevista com a secretária de Educação.

Qual é o planejamento da Secretaria de Educação para o ano letivo de 2022?

Nossa expectativa é grande, principalmente porque o foco será a recomposição das aprendizagens perdidas durante o período da pandemia. Nosso estudante vai passar por uma avaliação diagnóstica. Em cima dessa avaliação, entraremos com as intervenções pedagógicas, para que esse aluno aprenda a ler, a escrever, a entender o que está lendo, aprender as operações da matemática, para desenvolver um raciocínio lógico. Esse será o nosso foco principal para o ano de 2022.

[Olho texto=”“Já temos aproximadamente 44% das crianças do Distrito Federal de 5 a 11 anos vacinadas com a primeira dose da vacina e quase 80% na faixa dos 12 aos 18 anos. É um número bastante significativo e isso nos dá muita segurança”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

Isso se aplica, também, aos anos finais do ensino fundamental e ao ensino médio?

Vamos focar nisso em todas as etapas, porque não foi só a criança dos anos iniciais, do período de alfabetização, que passou por esse problema. Os outros também tiveram perdas nesse período. Será um trabalho com a rede inteira. Vamos começar a testagem com alunos do 2º ano dos anos iniciais e terminaremos com a 3ª série do ensino médio e a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Então, todos os alunos dessa faixa passarão por essa prova, essa avaliação diagnóstica.

Como está a situação física das escolas? Há professores para todas as turmas, todos os estudantes?

Professores, nós temos. Em algumas áreas, temos alguns gargalos até no contrato temporário, como física e matemática. Mas conseguimos suprir todas as carências da rede. Carências que, porventura, surgirem serão de professores que podem positivar (de covid-19) e aí temos que colocar um coordenador na sala de aula. A escola sabe como fazer isso. Se não tiver o contrato naquele momento, o estudante não ficará desassistido.

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Do ponto de vista sanitário, é seguro para os pais enviar os filhos para as escolas?

Eu diria que o ambiente escolar é o mais seguro hoje, até mais do que a casa. Porque em casa a criança se movimenta sem máscara, vai para a rua e encontra o coleguinha. E na escola ela usa máscara, na entrada já tem os lavatórios – eles lavam as mãos, tem álcool gel em todos os ambientes. Está muito seguro o ambiente. E as crianças têm, sim, se vacinado nas Unidades Básicas de Saúde. Já temos aproximadamente 44% das crianças do Distrito Federal de 5 a 11 anos vacinadas com a primeira dose da vacina e quase 80% na faixa dos 12 aos 18 anos. É um número bastante significativo e isso nos dá muita segurança.

Quais são os problemas que a rede pública de ensino vai enfrentar agora, nessa retomada das aulas?

O principal problema são os estudantes em áreas que têm menos escolas. Esse estudante não conseguiu uma vaga próxima de casa e teve que ser enturmado numa escola mais distante. Não é a situação ideal. Gostaríamos de ter mais escolas e, para isso, estamos construindo 18 escolas para serem entregues no decorrer deste ano e algumas para o início de 2023. Temos, ainda, 20 em projeto para que possamos licitar este ano, totalizando 38. Então, estamos cuidando da rede para que a criança estude mais próximo de casa. Mas, enquanto não tivermos essa situação ideal, pedimos e conclamamos aos pais que levem seus filhos, mesmo para escolas mais distantes da residência.

*Com informações da Secretaria de Educação