31/03/2022 às 12:06

Horto medicinal da UBS 1 do Lago Norte é reaberto à população

Fonte de mais de 100 espécies de plantas medicinais, a unidade poderá ser visitada pela comunidade às quintas-feiras; outros dois hortos serão reinaugurados em breve

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

[Olho texto=”“A gente já viu os resultados. Podemos produzir medicamentos à base de plantas, que vão favorecer e facilitar o emprego desses remédios para a população”” assinatura=” – Manoel Pafiadache, secretário de Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]

Após seis meses de replantio, o horto da Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Lago Norte está pronto para voltar a receber a população. Fonte de mais de 100 espécies de plantas medicinais, o local foi reapresentado à comunidade, na terça-feira (29), e poderá ser novamente visitado a partir da próxima semana, nas tardes de quinta-feira.

O secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, esteve no horto na tarde de quarta-feira (30) e exaltou o trabalho dos colaboradores que atuaram na reforma do local. “A gente já viu os resultados. Podemos produzir medicamentos à base de plantas, que vão favorecer e facilitar o emprego desses remédios para a população”, comentou.

O gestor da pasta destacou que o trabalho integrado entre comunidade e servidores é fundamental para a construção de mais hortos. “Vou dar continuidade e apoiar esse tipo de ação”, assegurou.

O horto da UBS 1 passou por replantio e revitalização: pronto para voltar a receber a população | Fotos: Tony Winston/Agência Saúde

Há dois hortos recém-reformados no DF: o da UBS 1 do Lago Norte e o do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis) de Planaltina. Dois serão reinaugurados em breve: um no Núcleo de Farmácia Viva do Riacho Fundo I e outro na Casa de Parto de São Sebastião. Além desses quatro, a meta é construir 12 novas unidades, contemplando grande parte do Distrito Federal.

Nos hortos, há produção de plantas medicinais fitoterápicas, que são processadas e prescritas a pacientes. Esses espaços são usados tanto por profissionais de saúde quanto pela população e servem como instrumento de ações de educação popular.

As plantas medicinais fitoterápicas produzidas no horto são processadas e prescritas a pacientes

Variedade de espécies

Pitanga, lavanda, camomila, alecrim-do-campo e eucalipto são algumas das espécies cultivadas no horto da UBS 1 do Lago Norte. O médico de família e comunidade Marcos Trajano, referência técnica distrital (RTD) de fitoterapia, fala sobre a função da unidade para a saúde do Distrito Federal. “Esse horto tem, acima de tudo, um papel de educação em saúde”, explicou.

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As plantas produzidas no horto são encaminhadas às duas unidades de medicina viva do DF: o Cerpis, em Planaltina, e o Núcleo de Farmácia Viva, do Riacho Fundo, que recebem as espécies e as transformam em medicamentos. “O papel do horto do Lago Norte é o de produção e fornecimento dessas plantas.; e, obviamente, aqui na própria UBS, nós podemos usar a planta fresca, caso haja uma situação que necessite”, detalhou Trajano.

Responsável pelo laboratório de farmacotécnica do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a farmacêutica Eva Ferraz Fontes pretende utilizar as plantas no tratamento de pacientes com câncer. “Começamos a fazer testes com um gel orabase de camomila, e alguns pacientes tiveram resultados muito bons”, comentou.

Capacitação

Nesta semana, estão sendo finalizadas as atividades político-pedagógicas dos cursos de Especialização e Livre Cultivo Biodinâmico de Plantas Medicinais na Promoção de Territórios Saudáveis e Sustentáveis no DF (TSS-DF). A capacitação prepara profissionais para a produção de plantas medicinais e especialização nos hortos. A Secretaria de Saúde (SES) conta com parceria da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Unicamp, bem como de outros órgãos do DF, como Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e Emater. A turma Semeando Céu encerra as aulas nesta sexta-feira (1º).

*Com informações da Secretaria de Saúde