26/04/2022 às 14:06, atualizado em 26/04/2022 às 14:46

Um jardim de inspiração espanhola para Brasília

Inaugurado na Alameda das Nações, no Jardim Botânico, espaço conta com espécies tradicionais da Espanha, como lavandas, buganvílias, jasmim-dos-poetas e oliveiras

Por Lucíola Barbosa, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger

Foi inaugurado, na manhã desta terça-feira (26), o Jardim da Espanha na Alameda das Nações e dos Estados do Jardim Botânico de Brasília (JBB). O espaço é inspirado nos jardins mediterrâneos espanhóis, com espécies vegetativas simbólicas do país, como lavandas, buxinhos, buganvílias, jasmim-dos-poetas e oliveiras.

A iniciativa do jardim é um presente da Embaixada da Espanha em homenagem ao bicentenário da Independência do Brasil e aos 62 anos de Brasília | Fotos: Jaqueline Husni/Agência Brasília

A cerimônia, realizada pelo JBB em parceria com a Embaixada da Espanha, contou com a presença do vice-governador Paco Britto, que foi recebido pelo embaixador da Espanha no Brasil, Fernando Garcia Casas, e pela diretora do JBB, Aline De Pieri.

No discurso, Paco falou sobre a importância do espaço para os visitantes, lembrando que a capital do país, como uma cidade cosmopolita, abriga embaixadas do mundo inteiro. “Este projeto, a Alameda das Nações e dos Estados, dá a todo mundo a oportunidade de conhecer melhor, e de perto, um pouco da flora de outros países”, afirmou. “Não poderia deixar de ter em seu espaço algo que ultrapassasse a relação diplomática e que mostrasse cultura, fauna, flora e costume de outras terras”, completou.

Jardim da Espanha na Alameda das Nações, no Jardim Botânico de Brasília

O embaixador Garcia Casas, após lembrar os 50 anos de construção da Embaixada da Espanha em Brasília, ressaltou a mistura de culturas no refúgio da flora e fauna no Cerrado. “A cultura deve proteger a natureza”, observou.

Segundo ele, a iniciativa do jardim é um presente da embaixada em homenagem ao bicentenário da Independência do Brasil e também ao aniversário de 62 anos de Brasília, cidade escolhida como capital ibero-americana das culturas.

Sonho concretizado

Para Aline De Pieri, a consolidação do JBB está no fato de que, além de ser um espaço de preservação do bioma Cerrado, é um recinto de celebração e de homenagem a países amigos na Alameda das Nações e dos Estados. “É um sonho concretizado e que deverá ser zelado pelas futuras gerações”, pontuou.

Na ocasião, as autoridades lembraram do personagem icônico e popular de Miguel Cervantes de Saavedra, o Dom Quixote de La Mancha, exemplo da rica cultura espanhola. No espaço, os presentes puderam apreciar mosaicos produzidos pela artista plástica brasiliense Cida Carvalho.

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Outros atrativos do evento foram as obras em cerâmica e esculturas de Dom Quixote criadas por Alejandro Altamirano; a entrega, pela embaixada, de livro sobre a flora botânica e o concerto Cancioneros de España, com interpretações de várias peças da música espanhola.

Também estiveram presentes no evento embaixadores de outros países ibero-americanos e servidores do JBB – entre eles, os autores do projeto Jardim da Espanha –; o superintendente de Conservação, engenheiro florestal e paisagista, Elton Baia; e a arquiteta Maria Teresa Melo.

A Alameda das Nações e dos Estados foi implantada por ocasião da criação do Jardim Botânico de Brasília, em 1985. O objetivo do espaço é reunir espécies endêmicas de várias partes do mundo. Concebida com a ideia de representar os cinco continentes por meio de sua biodiversidade e valores culturais, a Alameda das Nações e dos Estados conta com a parceria de duas embaixadas, de Israel e da Polônia.

Um jardim de inspiração espanhola para Brasília