17/05/2022 às 08:09, atualizado em 17/05/2022 às 08:11

Caminhada em Planaltina alerta para exploração sexual infantojuvenil

Mobilização será nesta quarta (18), data nacional de combate às violações contra crianças e adolescentes. Unidades socioassistenciais vão promover palestras, oficinas e práticas integrativas com o público atendido

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

Proteção social e informação. Com base nessas duas premissas, especialistas se reuniram para debater o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, lembrado nesta quarta-feira (18). Assistentes sociais, policiais, juristas, conselheiros tutelares e sociedade civil, entre outros agentes, estiveram nesta segunda (16), na Casa Azul, em Samambaia, para traçar estratégias de atendimento e orientar fluxos de encaminhamento.

[Olho texto=”“Mudança no comportamento, lesões aparentes e queda no rendimento escolar, além da dificuldade de socialização. Esses são alguns dos alertas sobre possíveis práticas abusivas”” assinatura=”Kariny Alves, assistente social da Secretaria de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”]

Várias unidades socioassistenciais vão promover, nas regiões administrativas, ações internas como ciclo de palestras, oficinas educativas e práticas integrativas em alusão à data com o público atendido. Na quarta-feira, a rede de Planaltina realiza a Caminhada de Conscientização. O evento é aberto a toda a comunidade e tem concentração a partir das 8h30 no Centro de Referência da Assistência Social (Cras), na Área Especial, Conjunto H, Lote 6.

“Todos somos responsáveis. É uma luta diária e que envolve toda a sociedade. Precisamos estar mais atentos aos sinais de violência contra esse público”, enfatiza a assistente social da Secretaria de Desenvolvimento Social, Kariny Alves. “Mudança no comportamento, lesões aparentes e queda no rendimento escolar, além da dificuldade de socialização. Esses são alguns dos alertas sobre possíveis práticas abusivas”, alerta a especialista.

Assistentes sociais, policiais, juristas, conselheiros tutelares e sociedade civil estiveram na Casa Azul, em Samambaia, para traçar estratégias de atendimento e orientar fluxos de encaminhamento de crianças e adolescentes vítimas de violência | Foto: Ádamo Dan / Sedes-DF

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal mostram que, entre 2020 e 2021, foram registrados 836 estupros de vulneráveis na capital do país. “Muitas vezes, o abuso ocorre dentro de casa, pelos pais, parentes ou amigos próximos da família”, complementa Kariny Alves.

Entenda a data

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é lembrado em 18 de maio. A data faz memória à menina capixaba Araceli Crespo. Aos 8 anos, ela foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta em 1973.

A violência sexual de crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades, incluindo bebês. O abuso sexual se configura quando a criança é utilizada por adulto, ou até adolescente, para praticar ato de natureza sexual. Já a exploração sexual é quando a criança é usada com o propósito de troca ou de obter lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou também em rede de prostituição.

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O mês de maio é marcado pela conscientização sobre a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. Em 2022, a campanha Maio Laranja, do governo federal, prevê a publicação de um material inédito que inclui vídeos, cards, infográficos, matérias especiais e ainda um evento de lançamento de novas políticas públicas. As peças serão veiculadas no portal dos Direitos Humanos e nas redes sociais @mdhbrasil, com o apoio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Entre os temas abordados durante o Maio Laranja, estão um balanço das denúncias e subnotificações de casos de abuso e de exploração sexual, o apoio da rede de ensino e dos professores nesta luta, a implantação de centros integrados de atendimento às crianças vítimas de violência e ações de combate aos abusos na internet.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social