De segunda a sábado, das 7h às 18h, centenas de operários trabalham na maior obra viária do Brasil, o Túnel de Taguatinga. Por trás de tanto trabalho, já executado e ainda pela frente, há uma rotina a ser cumprida diariamente pelos profissionais. Da vestimenta ao ponto eletrônico e do transporte de equipamentos ao serviço em si, os trabalhadores seguem fielmente as tarefas para concluir esta importante obra de mobilidade.
Por trás de tanto trabalho, já executado e ainda pela frente, há uma rotina a ser cumprida diariamente pelos profissionais | Fotos: Lucio Bernardo Jr/Agência Brasília
No trabalho, o dia começa por volta das 7h. A partir das 6h, 6h30, os profissionais começam a chegar no canteiro de obras e se preparam para a rotina de serviços. Lá, eles conversam, tomam café no refeitório ou nas tendas montadas, vestem os equipamentos de proteção individual (EPI) no vestiário, batem o ponto e se dirigem para a obra do túnel a pé ou dirigindo as máquinas.
O expediente tem pausa para almoço e descanso, mas segue um cronograma intenso. O sol ainda está nascendo quando os operários fazem o trajeto de poucos metros do canteiro de obras até o Túnel de Taguatinga. E, quando o sol se põe, é a hora que eles se despedem e vão para casa descansar.
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Atualmente, os cerca de 400 empregados da obra trabalham na escavação, placas cimentícias, impermeabilização da laje e proteção mecânica e na concretagem. Nessa etapa atua o ajudante de serviço Genildo Cardoso, 29 anos, morador de Águas Lindas (GO). Ele está contratado desde o início da construção e não esconde a empolgação de compor a equipe da maior obra em andamento no DF.
O ajudante de serviço Genildo Cardoso diz: “Nunca tinha trabalhado numa obra grande como essa. É gratificante estar fazendo essa obra e ser reconhecido”
“Acordo todos os dias por volta das 4h30 e vou para a parada de ônibus. Chego aqui por volta das 6h e às 6h50 bato o ponto, pego o meu equipamento e começo os serviços. Nunca tinha trabalhado numa obra grande como essa. É gratificante estar fazendo essa obra e ser reconhecido. Aqui temos um bom ambiente, sempre de alegria, todo mundo trabalha feliz e sem intrigas”, comenta.
Quem também está na construção do túnel desde 2020 é o auxiliar de serviços André Luiz Oliveira Silva, 43 anos. Há mais de dois anos ele incluiu na sua rotina o percurso de Planaltina de Goiás até Taguatinga, onde atua no controle do munck, um caminhão guindaste que transporta materiais. “Está sendo muito bom trabalhar no Túnel de Taguatinga. Estou empregado, trabalhando com o munck, que exige muita atenção porque carrega grandes cargas, de até dez toneladas. Mas, graças a Deus, nunca houve acidente”, explica.
O auxiliar de serviços André Luiz está na construção do túnel desde 2020 e atua no controle do munck, um caminhão guindaste que transporta materiais
A rotina de Genildo e de André Luiz é semelhante à de centenas de colegas. Ao longo de toda a obra do túnel, há diferentes núcleos e campos de trabalho. Há sempre espaço para uma conversa e brincadeira entre os profissionais, que fazem questão de tornar o trabalho mais leve possível. A intensidade também é vista no vai e vem das máquinas, sendo que pelo menos 20 delas percorrem a obra todos os dias.
“Todos nós que trabalhamos na construção civil passamos mais tempo na obra do que em casa, ainda mais obras como essa. Essa rotina que seguimos diariamente é importante para o bom andamento da construção, por isso seguimos cronogramas, temos conversas e reuniões para acompanhar o andamento do trabalho”, acrescenta o fiscal da obra e engenheiro da Secretaria de Obras, Antonio Carlos Ribeiro Silva.
Com 70% de execução, o Túnel de Taguatinga é considerado a maior obra viária em execução no Brasil e vai beneficiar mais de 137 mil motoristas diariamente. O investimento é de R$ 275 milhões.
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