04/10/2022 às 15:59, atualizado em 07/10/2022 às 18:50

Viaduto Itapoã/Paranoá tem investimento de R$ 33 milhões

Executado em três frentes, trabalho vai gerar 400 empregos e, quando concluído, beneficiará 30 mil motoristas

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto

[Olho texto=”“Com a execução do viaduto, acabamos com o entroncamento e aliviamos o trânsito para toda a região norte do DF” ” assinatura=”Fauzi Nacfur Júnior, presidente do DER” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

Brasília, 30 de agosto de 2022 – As obras do viaduto Itapoã/Paranoá alcançaram 35% de execução nesta semana. A nova passagem, sob responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER), substituirá o balão de entroncamento das rodovias DF-001 e DF-015, sentido Barragem do Paranoá. Obra de R$ 33 milhões, o viaduto vai beneficiar cerca de 30 mil motoristas das duas cidades e de outras regiões localizadas na parte norte do Distrito Federal, como Sobradinho e Planaltina.

Mais de 250 operários estão trabalhando, concomitantemente, em três frentes diferentes. Uma dessas trata sobre a finalização da instalação das estacas da fundação que vão receber as vigas de sustentação das lajes do viaduto. A obra gerou 400 empregos diretos e indiretos.

Viaduto será feito em dois níveis: o de baixo levará à Barragem do Paranoá, e o de cima, ao Plano Piloto | Fotos; Tony Oliveira/Agência Brasília

O presidente do DER, Fauzi Nacfur, informa que o viaduto será feito em dois níveis, com uma estrada por cima, indo para o Plano Piloto, e outra por baixo, no sentido Barragem do Paranoá. Esse tipo de estrutura viária recebe o nome de “obra de arte” por ser uma estrutura de concreto metálico e gera maior praticidade à construção. “É um viaduto invertido que, ao invés de subir, está para baixo; com isso, conseguimos manter o trânsito sem interferência, enquanto executamos a obra do viaduto na parte de baixo”, explica.

Vigas e concretagem

Também ocorre a produção das vigas pré-moldadas no canteiro de obras a 50 metros da fundação do viaduto. Segundo Fauzi, são mais de 50 unidades, das quais praticamente todas já estão prontas. “Se fôssemos fazer as vigas diretamente na fundação do viaduto, teríamos que parar o trânsito ao redor”, comenta o gestor.

Quando as estacas estiverem prontas, as vigas pré-moldadas serão içadas no local e, em seguida, haverá a concretagem das lajes de sustentação. Depois, é a hora da escavação invertida – mesma técnica utilizada no Túnel de Taguatinga – para a execução da trincheira, por onde passarão os carros no sentido Sobradinho e Barragem. O sistema de trincheira também é usado no viaduto do Recanto das Emas. Há ainda uma frente de operários que atuam na terraplanagem das quatro alças de acesso ao viaduto.

Menos congestionamento

O borracheiro Anacelio dos Santos comemora: quando o viaduto for concluído, ele não mais terá que enfrentar trânsito congestionado

“Era um ponto em que as pessoas perdiam até 40 minutos para passar pelo balão”, lembra o presidente do DER. “Quando se elimina o entroncamento, gera-se fluidez, conforto para as pessoas, que podem sair de casa um pouco mais tarde e vão conseguir chegar mais cedo nos lugares. Com a execução do viaduto, acabamos com o entroncamento e aliviamos o trânsito para toda a região norte do DF.”

O pintor de veículos Domingos Souza de Oliveira Pinto, 50 anos, trabalha próximo ao entroncamento das rodovias DF-001 e DF-015 há mais de dez anos e presencia diariamente o engarrafamento diário que ocorre no local. Com o viaduto, a expectativa é que o transtorno seja reduzido. “Estávamos precisando dessa obra”, diz. “Aqui, em qualquer horário fica engarrafado. Acho que vai desafogar muito o trânsito, vai ajudar todo mundo”.

Vizinho de Domingos, o borracheiro Anacelio dos Santos, 40, comemora que terá mais comodidade no trajeto de ida e volta para casa. Ele mora na Fazenda Velha, a 20 minutos do trabalho, mas, todos os dias, demora mais de 40 minutos para chegar ao destino.

“Saio de lá às 6h30 mais ou menos, para chegar aqui às 7h”, relata. “Se eu saísse mais tarde, chegaria depois das 8h. Com o viaduto, vou conseguir sair umas 6h40”, afirma. Apesar de parecer pouco tempo de diferença, a mudança será bem-vinda para Anacelio: “Mais tempo com a família, de manhã, e ainda vou conseguir chegar mais cedo em casa”.

A construção do viaduto é executada por um consórcio de empresas terceirizadas, liderado pela Eterc Engenharia. O projeto inclui novas faixas de rolamento e acostamento, reforma do pavimento existente, sinalização horizontal e vertical, ciclovia e ciclofaixa, além de barreiras de concreto do tipo New Jersey.

Viaduto Itapoã/Paranoá tem investimento de R$ 33 milhões