04/10/2022 às 10:50

Escola de Música de Brasília quer tornar a ópera mais acessível

A previsão é que até o final deste ano sejam apresentados seis espetáculos musicais; meta é tornar estilo popular

Por Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto


Brasília, 3 de agosto de 2022
– A Escola de Música de Brasília (EMB) segue firme na programação deste ano, quando estão agendados seis espetáculos de ópera. O diretor da instituição, Davson de Souza, disse que tem trabalhado para tornar o estilo musical mais acessível ao público. É o que promete para
Der Freischütz – O Franco Atirador, espetáculo a ser apresentado nesta quinta-feira (4), às 19h, no auditório do Teatro Levino de Alcântara.

Encenada pela primeira vez em Brasília, a peça de Carl Maria Von Weber – que originalmente estreou em 18 de junho de 1821, em Berlim (Alemanha) – conta com um elenco de 21 cantores, dos quais sete são solistas e 14 atuam no coral. A montagem do espetáculo custou R$ 200 mil. 

Popularização

Antes da estreia oficial, a ópera terá uma sessão especial às 15h desta quinta, direcionada ao público da escola. Será um recital didático, em formato que permite explicações sobre a elaboração e construção da ópera e a contextualização histórico/político social da obra musical. A apresentação é direcionada, principalmente, a estudantes de nível médio e da própria EMB. “Será explicado, por exemplo, como a ópera se desenvolve”, explica Davson.

“A barreira da língua foi quebrada”, avalia um dos protagonistas de O Franco Atirador, Jean Nardo, ex-aluno da EMB. Jean explicou que apresentar uma ópera em outro idioma diferente sempre traz uma perda na qualidade, uma vez que as vogais e consoantes originalmente pronunciadas pelos cantores correspondem a instrumentos musicais. Assim, a parte cantada é toda legendada.

Nardo hoje é professor de música. Um dos locais onde ele leciona é a Unidade de Internação de Planaltina – vinculada à Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). “A música aproxima as pessoas”, explica o professor.