04/10/2022 às 14:54

Regiões administrativas terão mapas com locais preferidos da população

Evento Jornadas do Patrimônio promoverá oficinas com profissionais da Educação para a criação de catálogos do Guará, Brazlândia e Ceilândia

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Carolina Lobo


Brasília, 21 de agosto de 2022 –
Considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, desde 2013, a capital federal tem um evento específico no calendário oficial para celebrar o título. As Jornadas do Patrimônio estão previstas na Lei nº 5.080/2013. Com programação gratuita, a edição deste ano teve início no dia 11 deste mês e segue até o dia 31 com oficinas presenciais e encontros online.

Sob o tema “Territórios afetivos: história, representação e contradições nas cidades do DF”, a conferência propõe um olhar diferenciado às dimensões patrimoniais de Brasília, levando em consideração a multiplicidade territorial encontrada nas regiões administrativas. Até por isso, o evento tem atividades em três regiões administrativas (RAs): Brazlândia, Guará e Ceilândia.

A primeira atividade itinerante foi realizada na Coordenação Regional de Ensino de Brazlândia, no dia 11 deste mês | Foto: Secec

A estreia foi com as atividades itinerantes, que consistem em oficinas para dar apoio técnico pedagógico aos profissionais da educação e criar um mapa afetivo com referências culturais das regiões administrativas do DF. A primeira ocorreu na Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Brazlândia, no dia 11. As próximas serão nas CREs do Guará, no dia 23, e de Ceilândia, no dia 25. Ao todo, são 30 vagas em cursos de três horas em dois turnos – às 9h e às 14h. As inscrições são feitas via formulário.

“Estamos priorizando muito as RAs para descentralizar a informação. Estamos levando conhecimento e também ouvindo para gerar conhecimento novo. Essa é a nossa proposta”, afirma o assessor especial da Subsecretaria do Patrimônio Cultural (Supac) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramón.

Educação

Para a chefe da Unidade de Educação Básica de Ceilândia, Fabricia Estevão, as oficinas têm um papel importante para os professores por trabalharem na prática os territórios afetivos das cidades. “É uma oportunidade de relembrar esse patrimônio histórico; não só falar dele, mas sentir-se pertencente ao espaço e debatê-lo”, afirma.

Como o Dia do Patrimônio Cultural também faz parte do calendário escolar, é mais uma chance para os profissionais se capacitarem para tratar do assunto em sala de aula. “Os professores já fazem esse trabalho de preservação e valorização do patrimônio para que os estudantes se sintam pertencentes. Ao mesmo tempo que muitos se identificam com a nossa história, alguns não conhecem. Nós temos tantas culturas: o São João, a Casa do Cantador e a Biblioteca Pública”, complementa Fabricia.

Encontros online

Nos dias 29 e 31 ocorrem os encontros em formato remoto e em dois turnos, às 10h e às 14h30, no canal da Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), da Secretaria de Educação (SEE). Estão previstas as participações de especialistas da Universidade de Brasília (UnB), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Universidade Federal de Goiás (UFG), do Instituto Brasília Ambiental, da SEE e da Secec.

Jornadas do Patrimônio é uma realização das secretarias de Cultura e Economia Criativa e de Educação em parceria com a Superintendência do Iphan no Distrito Federal, do Instituto Brasileiro de Museus e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Programação Jornadas do Patrimônio

  • Online – Canal do Eape

29/8
10h – “Territórios afetivos: Outras Brasílias e suas contribuições”. Com apresentação de Cristiane Portela (HIS/UnB) e mediação de Thiago Perpétuo (Iphan)
14h30 – “Territórios afetivos: Escolas do DF”. Com apresentação de Luiz Olivieri (UFG) e mediação de Renata Azambuja (SEEDF)

31/8
10h – “Territórios afetivos: Histórias negras nas cidades do DF”. Com apresentação de Ana Flávia Magalhães (HIS/UnB) e mediação de Rosinaldo Barbosa da Silva (SEE)
14h30 – “Territórios afetivos: Grafite e as representações das cidades do DF”. Com apresentação de Renata Almendra (Brasília Ambiental) e Nzinga (artista do grafite) e mediação de Danilo Rebouças (Secec)

  • Presencial – Coordenação Regional de Ensino

11/8, às 9h e 14h – CRE de Brazlândia
23/8, às 9h e 14h – CRE do Guará
25/8, às 9h e 14h – CRE de Ceilândia.